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Opinião de leitor: quando eu deveria comprar um iPhone novo?

Caixas de iPhones

por Rodrigo Guimarães Goulart Assis

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Tenho visto muitas pessoas reclamando da lentidão do iPhone 6 em decorrência da atualização para o iOS 11. Alguns bastante revoltados, dizendo que já pensam em ir para o Android. Reclamações e repetição do termo “obsolescência programada” surgem como tema de vários sites e podcasts de tecnologia.

Faço, neste artigo, uma tentativa em desmistificar alguns conceitos sobre o assunto.

Quanto tempo meu iPhone deveria durar?

Bom, caso você seja uma pessoa cuidadosa, faça uso de película e capa para protegê-lo, faça uma limpeza esporádica, ele deveria durar uns bons cinco anos — ou até mais.

iPhone 6 deitado e de lado

Mas a pergunta aqui não deveria ser esta, e sim quanto tempo meu iPhone será operacional. Operacionalidade é um conjunto de situações que podem variar tanto objetiva quanto subjetivamente.

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Aplicativos estão sendo atualizados constantemente, incorporando novas tecnologias, como o novo framework ARKit, melhorando design, ganhando funcionalidades. Tudo isso implica em mais custo de hardware para sua execução, ou seja, apps mais pesados exigem um aparelho mais potente. Conheço pessoas que usam um iPhone 5s e não reclamam, como também alguns que um 7 Plus já não é mais suficiente, sendo que já existem versões superiores no mercado.

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Para responder com eficiência às perguntas anteriores, é preciso fazer outra antes:

Sou um “casual user” ou um “heavy user”?

Se você usa apenas redes sociais, telefone e mensagens, tira selfies, joga no máximo um gamezinho leve eventualmente e afins, você se encaixa na categoria de usuário casual. Neste caso, um iPhone topo-de-linha, comprado novo, pode durar muitos anos, no mínimo três, caso você seja uma pessoa cuidadosa.

Para outros, que usam o iPhone para rodar jogos pesados, gostam de testar apps novos, são entusiastas de tecnologia, gostam de tirar fotografias com qualidade, etc., feliz ou infelizmente, vocês são “heavy users”. Para evitar frustrações recomendo, dependendo de sua condição econômica, trocar seu iPhone no máximo a cada dois anos.

O que muda mais?

As mudanças mais visíveis ano a ano são no hardware das câmeras e no desempenho dos chips/processadores.

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Com a concorrência acirrada nos últimos anos por parte da Samsung, a maior concorrente da Apple hoje em dia, o surgimento do Google Pixel e ainda o amadurecimento de outras marcas como ASUS, Xiaomi e outras, a corrida tecnológica nesse setor está cada vez mais dura. Isso gera, por consequência, uma dinâmica de mudanças cada vez mais acelerada.

Ao decorrer do ano, nas datas de lançamento de cada empresa, vemos câmeras com recursos exclusivos, e posteriormente todos os concorrentes se esforçam para alcançar ou superar as novidades implementadas. O consumidor ganha sempre produtos melhores, porém, para ter acesso às novas tecnologias, precisamos desembolsar pequenas fortunas.

Levando em consideração todos esses fatos, voltamos à pergunta inicial:

Quando eu deveria trocar meu iPhone?

No fim é muito subjetivo, questão do que você pode ou não suportar. No caso das pessoas que usam o iPhone para trabalho, precisam de respostas rápidas ou não possuam o requisito paciência (caso no qual eu me enquadro), não tem o que pensar — a atualização é “necessária” e ponto.

Caixas de iPhones

O fator econômico pesa muito neste momento, pois é preciso desembolsar uma boa quantia para a atualização. Se você não tem dinheiro mas tem urgência, uma boa escolha podem ser os planos de atualização, em que você paga uma quantia por mês e atualiza seu iPhone anualmente. Outra opção seria subir gradualmente de modelo, ou seja, se você possui um iPhone 6, pode trocá-lo por um 6s, e posteriormente ao 7 e assim por diante; a diferença do preço é pouca entre as versões e a melhoria de desempenho, significante.

Se estiver buscando um recurso específico, como Modo Retrato ou Face ID, terá que comprar aquele modelo específico, ou, caso não faça questão do iOS, buscar alternativas “mais baratas” no ecossistema Android. Mas não se engane: tanto o Android quanto o iOS, cada sistema com seus defeitos e qualidades, ambos ficarão desatualizados.

Como escrito pelo Bruno Santana aqui no MacMagazine, “não existe” a obsolescência programada; o que existe é uma evolução muito rápida do software, sobre a qual o hardware não consegue manter a mesma eficiência de desempenho. Desenvolvedores poderiam melhorar um pouco a compatibilidade, mas com isso, talvez os apps se tornassem mais caros e demorados para chegar ao mercado, tornando-os economicamente inviáveis.

Acredito que, no futuro, muitas dessas situações serão resolvidas com o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis, tornando os softwares mais independentes dos hardwares, o que aumentaria o ciclo de vida dos produtos consideravelmente.

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E você, quanto tempo costuma levar para atualizar seu iPhone? Vai pegar um dos últimos lançamentos da Maçã? Deixe sua opinião nos comentários!

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