Em mais uma tentativa de modificar a aparência do corpo de executivos da Apple, a empresa recebeu uma nova proposta externa para que ela reveja seu programa de diversidade, principalmente em relação aos cargos elevados.
A firma de gerenciamento de investimento da Boston (e acionista), a Zevin Asset Management, fez em setembro mais um pedido para que a Apple considere “integrar métricas de sustentabilidade, incluir métricas em relação à diversidade entre executivos sêniores, nas medidas de desempenho do CEO nos planos de incentivo à remuneração da empresa”, o que pode impactar negativamente até as compensações de Tim Cook.
O mesmo tipo de pedido já foi feito por duas vezes, justamente envolvendo o executivo e acionista Tony Maldonado, porém suas propostas receberam menos de 6% dos votos.
De acordo com as diretrizes da Securities and Exchange Commission (SEC), a falta de apoio nos votos permite que a Apple bloqueie qualquer nova proposta similar por três anos — e foi o que a empresa fez. O vice-presidente de administração da empresa, Gene Levoff, numa carta enviada em 9 de outubro, solicitou à SEC permissão para excluir uma proposta desse tipo da próxima reunião de acionistas da empresa, conforme contou o Silicon Beat.
A Apple acredita que seus esforços para melhorar a diversidade interna têm sido suficientes, apesar de Maldonado ter afirmado em maio que ela “basicamente enganou os investidores”, levando-os a acreditar que tudo estaria bem nesse sentido. Algum tempo depois, a Maçã criou o cargo de vice-presidente de inclusão e diversidade, e o entregou nas mãos da então chefe de recursos humanos Denise Young Smith.
Talvez para tentar conseguir mais votos, nessa última proposta, Maldonado, Zevin e outros acionistas teriam citado estudos os quais dizem que as empresas com melhores números em diversidade seria mais propensas a se saírem bem financeiramente.
De modo geral — isto é, não especificamente em cargos mais altos —, os últimos números da Apple mostram que 56% dos seus atuais empregados são brancos e 68%, homens. Enquanto isso, uma pesquisa em 2016 mostrou que, entre os 107 executivos mais importantes da Maçã, 73 são homens brancos, enquanto 2 são latinos e outros 2 são negros.
Em relação ao pedido da Apple de exclusão da proposta, espera-se que a SEC divulgue a sua decisão antes da assembleia geral, que deverá acontecer em fevereiro de 2018.
via AppleInsider