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E se a Apple estivesse planejando uma entrada agressiva na área de cloud computing?

Utilitário de RedeNão é novidade para ninguém que a Apple está trabalhando na concepção e construção de um novo data center na cidade de Maiden (Estados Unidos). Localizada na Carolina do Norte, a cidade não só abrigará uma filial das instalações da empresa, mas também um dos maiores conglomerados de servidores do mundo, dentro de uma área superior a 500 mil metros quadrados.

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Se pararmos para pensar, apenas expandir a capacidade dos serviços que ela já hospeda na internet hoje em dia é pouco para uma instalação tão grande — eu me perco fácil em meio quilômetro quadrado de prédios. Então, o que a Apple estaria planejando por baixo dos panos que requer o uso de uma infraestrutura tão grande?

Ao entrevistar uma especialista da área, o Cult of Mac conseguiu levantar algumas opiniões que justificam essa dúvida. Rich Miller, editor do Data Center Knowledge, não entrou a fundo em especulações, mas sugeriu ideias concretas que justificam a construção de uma instalação do porte que estamos estimando para fins de armazenamento de dados.

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“A questão mais importante é: ou a Apple precisa de instalações muito maiores para suportar o crescimento dos seus serviços existentes, ou está expandindo suas capacidades para ofertas futuras”, disse Miller. “Empresas que constroem os maiores data centers tendem a possuir maiores ambições na ‘nuvem’.”

O caso explicado nas palavras de Miller lembra um pouco o de outras gigantes da internet, como Google e Yahoo!. Para aumentar a capacidade dos seus serviços, eles sempre investem a maior parte dos lucros na ampliação das suas instalações para servidores. Mas, em alguns casos, a necessidade de maior espaço e desempenho para um novo serviço online sempre pede a construção de uma instalação de grande porte, semelhante à que está sendo planejada pela Apple.

Atualmente, ela possui um data center na cidade de Newark (Califórnia, EUA), que é quase cinco vezes menor do que o novo em planejamento e vem suportando as necessidades da empresa há anos. O novo investimento supera em tamanho até instalações da Microsoft já existentes em Chicago, que lidam com uma quantidade bem superior de informações em função dos seus serviços online, sistemas de ajuda e portais tecnológicos.

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Apesar de essa ambição indicar alguma coisa além do que vemos da Apple na internet, é bom lembrar que ela não é um peixe pequeno em termos de serviços online. O maior site de trailers de filmes que existe no mundo é sustentado por ela há anos, e é hoje uma referência para conferir esse tipo de conteúdo em alta definição. Além disso, a infraestrutura da iTunes Store também deve estar precisando de mais fôlego para aplicativos (principalmente os que usam de notificações em push), músicas e conteúdo em HD, além dos seus respectivos sistemas de cadastros e pagamentos (que podem justificar seus planos de expansão para mais países).

O MobileMe, que na época do .Mac sofreu para passar do primeiro milhão de assinantes, hoje é um respeitado serviço online que atende a Macs e PCs com recursos que requerem enorme largura de banda, e está sendo acompanhado em termos de potencial pelo iWork.com, que pode se tornar popular quando sair do beta (e sabe-se lá o que virá nele até esse dia). Há um bom tempo não temos dados sobre a popularização dessas iniciativas da Apple, mas com certeza elas estão crescendo a ponto de justificar a necessidade de mais espaço.

A minha opinião geral sobre a Apple na internet é bem particular: sempre acreditei que ela seria incapaz de expandir suas investidas nesse setor a um ponto além do que seus computadores e gadgets precisam em termos de serviços. Afinal de contas, o design deles pode até nos tirar da realidade, mas o que nos motiva a comprá-los é o fato de conhecermos bem o que podem fazer — especialmente na “nuvem”, onde passamos grande parte do tempo. Por outro lado, ninguém pode prever o futuro: daqui a alguns anos, talvez eu tenha que mudar a minha opinião.

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