O Apple TV "Take 2" chegou prometendo resolver todos os problemas da primeira geração da set-top box da Maçã mas, ao meu ver, a evolução não foi tão grande assim. Não é à toa que concorrentes como Microsoft e Sony já estão lançando soluções bastante promissoras para enfrentá-la.
A criadora do Windows anunciou recentemente uma parceria com a Netflix, na qual esta oferecerá aos usuários do Xbox LIVE — que também sejam membros Netflix Gold — acesso gratuito a mais de 10.000 filmes e uma variedade de programas de TV — tudo pelo próprio Xbox.
Isso mostra a quantidade de possibilidades que consoles conectados a TVs podem oferecer a usuários, hoje em dia. O Xbox é um videogame, acessa a internet, reproduz DVDs e muito mais — coisas que o Apple TV ainda está longe de proporcionar.
O leitor Waldemar Osmala observa bem que, na mesma oportunidade, a Microsoft apresentou uma nova interface do Xbox 360 que lembra bastante o Cover Flow do iTunes + Mac OS X Leopard. Deixo o julgamento para você mesmo, confira o vídeo:
Enquanto isso, a Sony também anunciou o lançamento do seu primeiro serviço de vídeos online para o seu sistema de jogos: a PlayStation Store já oferece filmes e programas de TV da própria Sony (dã!), e de gigantes como a Disney (uma das parceiras mais próximas da Apple), Fox, MGM, Paramount, além de alguns outros estúdios.
O formato do serviço em si é bastante parecido ao de concorrentes como a Apple, oferecendo programas de TV a US$1,99 por episódio e filmes custando de US$9,99 a US$19,99, a depender do título. Eles também estão disponíveis para aluguel, por US$2,99 e US$3,99. A Sony oferece versões padrão e em alta-definição e é uma das poucas que já oferece, hoje, programas de TV em HD.
Ambas as novidades impõem uma concorrência ainda mais acirrada para o Apple TV, que não consegue despontar no mercado como inicialmente planejado e ainda não se estabilizou como a “quarta perna” na atual linha de produtos da Maçã.
Ambos PlayStation 3 e Xbox 360 já venderam milhões de unidades mundialmente, enquanto oferecem reprodução de mídias apenas como um recurso secundário (com exceção do Blu-ray do PlayStation, que foi um dos grandes trampolins de vendas).