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Trégua? Donald Trump usa exemplo da Apple para elogiar as próprias medidas fiscais em discurso do Estado da União

Donald Trump

Desde as últimas eleições presidenciais americanas, Apple e Donald Trump são mais ou menos como Tom e Jerry, posicionando-se em lados opostos em praticamente todos os aspectos possíveis e, por vezes, tendo discussões acaloradas e deveras públicas acerca deles. Entretanto, é como diz a sabedoria popular: quando um não quer, dois não brigam.

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E por isso eu quero dizer que, por trás das disputas aparentemente ideológicas entre Trump e a Maçã, existe uma face um pouco menos nobre — a face na qual, se alguma coisa (geralmente o ganho de dinheiro ou prestígio) está dando certo para ambas as partes, elas também podem esquecer das rusgas por um momento e serem amigas. E, vejam bem, isso é absolutamente normal; não estamos falando, afinal, de duas pessoas brigadas de braços cruzados e de costas uma para a outra, e sim de duas instituições gigantescas e com múltiplas faces.

No seu primeiro discurso do Estado da União, realizado ontem à noite, Trump — como era de se esperar — passou uma boa parte do tempo elogiando as próprias reformas fiscais, que, até o momento, têm feito as grandes empresas dos EUA repatriarem parte do seu dinheiro em caixa e expandirem suas operações de fabricação em território local. E o presidente escolheu ninguém menos que a Apple para dar como exemplo do sucesso do seu programa.

Trump citou os planos recém-anunciados da Apple de investir um total de US$350 bilhões nos EUA ao longo dos próximos anos, contratando cerca de 20.000 pessoas no processo, como um dos maiores frutos da sua iniciativa, acrescentando que mais de 3.000.000 de trabalhadores do país já receberam bônus relativos ao corte de impostos (incluindo os da própria Apple).

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Como notou o Cult of Mac, os elogios de Trump à Apple não são inéditos: semana passada, em um discurso numa fábrica na Pensilvânia, o presidente disse que Tim Cook era um “cara ótimo” e ligou pessoalmente para o CEO para agradecer os investimentos, que, segundo Trump, são os maiores já realizados por uma empresa em um país.

É claro que essa amizade toda pode ruir ou ficar ainda mais forte em 20 minutos — como bem se sabe, afinal, o mundo da política e da economia é marcado por vicissitudes vertiginosas. Vamos ver como as políticas de Trump se refletirão nos próximos anos da economia e acompanhar os próximos capítulos dessa novela; quais são os vossos palpites?

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