Uma nova patente registrada pela Apple em julho de 2022 e concedida nesta semana indica que a empresa está estudando um sistema de autenticação biométrico capaz de escanear todo o corpo do usuário, e não apenas o seu rosto ou as suas digitais. As informações são do AppleInsider.
Intitulada “Electronic Devices with Body Composition Analysis Circuitry” (algo como “Dispositivos Eletrônicos com Circuitos de Análise de Composição Corporal”), a patente descreve um dispositivo como o iPhone sendo usado não só para identificar uma pessoa, mas também para reconhecer possíveis mudanças no seu corpo (como o nível de gordura acumulada em uma região específica, por exemplo).
De acordo com a Maçã, o escaneamento pode acontecer dos pés à cabeça, ou seja, de baixo para cima, e poderia contar tanto com uma única imagem do corpo do usuário quanto com várias imagens de partes separadas (rosto, pescoço, abdômen, pernas, etc). Além disso, os dados coletados também poderiam incluir fotos do usuário de frente e de perfil e enquanto ele respira ou caminha, por exemplo.
Como a gordura corporal tende a ser armazenada em certas bolsas de gordura, como em regiões das bochechas e do pescoço, essas lugares podem ser mais indicativos da composição corporal do que outras regiões.
Embora a patente também cite que esse recurso poderia ser usado para identificar o usuário, é bem possível que ele seja reservado mais para fins de saúde, dado que escanear um corpo inteiro levaria muito mais tempo do que apenas um rosto/dedo. A própria empresa diz que pessoas que usam os seus dispositivos para alcançar metas de saúde poderiam receber “insights sobre o seu bem-estar geral” com essa tecnologia.
Por exemplo, a forma da testa de um usuário pode exibir pouca variação conforme a gordura corporal do usuário muda, enquanto partes das bochechas e do pescoço podem exibir alterações detectáveis que se correlacionam diretamente com as mudanças na composição corporal.
A patente também abre a possibilidade de o usuário responder a um questionário sobre seu corpo para que um aplicativo como o Saúde (Health), do iOS, use os dados recolhidos para oferecer informações com ainda mais precisão, vale notar.
Contudo, a gigante de Cupertino cita outra aplicação um tanto polêmica para essa tecnologia. Segundo a empresa, os dados coletados por esse sistema também poderiam ser utilizados para oferecer anúncios personalizados para o usuário em seu dispositivo — algo um tanto preocupante do ponto de vista da privacidade.
A lista de dispositivos que poderiam ser equipados com essa tecnologia, por sua vez, é bastante ampla e cita desde iPads até notebooks.
E você, gostaria de ver esse “Body ID” virar realidade? Comente!
