Sabemos que a Apple vai muito bem, obrigado. Com valor de mercado (market cap) estimado em US$922 bilhões, a Maçã é a empresa mais valiosa do mercado mundial. Para termos uma ideia, só em caixa ela tem hoje US$280 bilhões!
No entanto, os funcionários da Maçã não figuram no mesmo cenário no qual os nove zeros são vistos. Apenas um membro do conselho de administração da empresa possui uma fortuna que ultrapassa US$1 bilhão: Arthur D. Levinson, que foi nomeado presidente do conselho em 2011. Ainda assim, apenas uma parcela da sua fortuna pode ser atribuída à sua participação na Apple, já que Levinson foi conselheiro e CEO da empresa Genentech antes de trabalhar para a firma de Cupertino.
Muitos devem se perguntar: e Steve Jobs? Afinal, o falecido cofundador foi diretor executivo da Apple por anos. Se não fosse for algumas desventuras, Jobs teria, hoje, uma fortuna próxima aos US$132 bilhões(!), considerando a sua participação de 15% nas ações da empresa; contudo, em 1985, o inventor deixou a companhia e, com isso, vendeu várias — se não quase todas — as ações que possuía, antes de retornar em 1997 e readquirir aos poucos alguns papéis.
Após a morte de Jobs, em 2011, a fortuna da viúva Laurene Powell Jobs foi avaliada em US$18 bilhões. Se Laurene ao menos trabalhasse para Apple, esse fato a tornaria a funcionária mais rica da empresa — o que não acontece.
Tim Cook, atual CEO da Apple, trabalhou até 2011 como diretor de operações da empresa e é possuidor de 901.474 papéis da companhia (dados da Investopedia). Além disso, ele recebe um salário de US$3 milhões e outros US$6 milhões de bônus. Ainda assim, Cook possui uma fortuna estimada em US$600 milhões, logo, ainda está um pouco atrás da marca de US$1 bilhão.
Esses dados vieram de uma pesquisa realizada pela Bloomberg para o índice de bilionários nas empresas de tecnologia, no qual a Microsoft se posiciona em primeiro lugar, seguida por Amazon, Alphabet e Facebook — até chegar à Apple.
Ademais, essas informações indicam que os acionistas da empresa possuem a menor base de compensação (lucro operacional com os impostos deduzidos menos custos de capital) das ações entre as companhias comandadas pelos CEOs mais bem pagos dos Estados Unidos.