É indubitável, o papel dos serviços de streaming de músicas no mercado fonográfico. Eles crescem a uma velocidade surpreendente e, para analisar esse mercado e compreender o papel da maior empresa nesse ramo (o Spotify), a Fast Company divulgou uma longa reportagem sobre o crescimento do serviço sueco — e de outro gigante desse segmento bilionário, o Apple Music.
Em uma conversa regada de elogios e sobre a importância da música na vida de cada um, Tim Cook contou ao veículo que ele não consegue finalizar um treino ou exercício sem música. Cook disse também que olha para a música como inspiração/motivação e que essa é uma filosofia compartilhada na Apple para “orientar seu foco na curadoria de música baseada em humanos”. Nesse sentido, o CEO da Apple revelou que se preocupa com o mercado de streaming de músicas perdendo o toque humano, numa clara crítica à forma algorítmica de seleção e divulgação de músicas do Spotify.
Nós nos preocupamos com a humanidade sendo drenada da música, sobre ela se tornar um tipo de mundo de bits e bytes em vez de arte e construção.
Apesar da relativa pouca idade do Apple Music, lançado há três anos, o serviço da Maçã já conta com mais de 50 milhões de assinantes (incluindo os que estão no período de testes de três meses). No mês passado, o Apple Music quase alcançou o seu rival sueco em assinantes pagos nos EUA — o que deverá ocorrer em breve, dado o crescimento vertiginoso do serviço no país. De uma certa forma, a Apple sempre teve uma vantagem em relação ao Spotify, considerando os 1,3 bilhão de dispositivos da Maçã ativados em todo mundo. E, por isso, de acordo com Cook, a Apple nunca precisou se preocupar com lucratividade como o Spotify, já que a companhia “não está nisso pelo dinheiro”.
Após a presunçosa fala de Cook, o CEO da gigante sueca, Daniel Ek, defendeu a posição da sua empresa ao afirmar que o foco do Spotify é apenas a música e que todos os esforços são voltados para melhorar o serviço. Tal dedicação, segundo Ek, é o que ajudará a empresa a superar a Apple e expandir o serviço ainda mais no futuro.
Música é tudo o que fazemos o dia todo, a noite toda, e essa clareza é a diferença entre [o serviço] médio e aquele muito, muito bom.
Ek contou ainda para a Fast Company que competir com a Apple sempre foi um plano do Spotify, mesmo antes do Apple Music. Durante dez anos, a Maçã dominou a indústria fonográfica digital com o iTunes e substituir o iPod com um serviço de músicas sob demanda era o objetivo dele, na época.
O artigo se extende em comentários e planos do Spotify para crescer ainda mais, após ter aberto o capital pela primeira vez em abril passado. Confira a reportagem completa, em inglês, na página da Fast Company.
via MacRumors