Trabalhar na Apple é para poucos. Ok, estamos falando de uma das maiores empregadoras do mundo entre as companhias de capital aberto, mas o nível de exigência para ocupar um posto dentro da Maçã é, compreensivelmente, bem alto. Um pré-requisito importante, entretanto, parece não ser mais lá muito considerado em Cupertino.
Segundo um levantamento feito pela firma de empregos Glassdoor, a Apple está entre 15 empresas que abandonaram recentemente a exigência de um diploma universitário para contratar potenciais candidatos. E, veja bem, não estamos falando apenas de vagas mais baixas na hierarquia da empresa — até mesmo posições mais técnicas, como de engenharia ou gerência, podem ser ocupadas por pessoas que não fizeram ou concluíram o ensino superior.
E não é só na Apple que a mudança de paradigma está chegando — outras gigantes da tecnologia, como Google e IBM, estão adotando práticas parecidas. Além disso, grandes empresas de outros ramos, como Starbucks, Hilton, Bank of America e Ernst & Young também estão entrando no mesmo barco.
A razão para tal mudança é simples: mais do que um diploma, as empresas estão em busca de pessoas com experiência ou ampla habilidade naquilo que procuram — o que pode ser melhor ou pior para potenciais candidatos, dependendo dos seus respectivos contextos. A ideia com a mudança, segundo o Axios, é estimular uma maior diversidade no ambiente de trabalho, atraindo candidatos que tenham seguido uma trajetória acadêmica/profissional diferente da tradicional e possam ter adquirido conhecimento em outros ambientes que não a universidade.
Claro que um diploma universitário ainda tem peso — especialmente se ele vier de uma instituição renomada e acompanhado de recomendações de professores ilustres ou certificados importantes. O fim da exigência também não necessariamente significa que as empresas vão pagar o mesmo salário para um empregado com ensino superior do que aquilo que pagariam para um que não concluiu a universidade — as companhias ainda levarão em conta tudo isso, afinal.
Ainda assim, é uma mudança interessante, não?
via Cult of Mac