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O que muda do iPhone X para os iPhones XS e XS Max?

iPhones Xs e Xs Max dourados um em cima do outro

As reações iniciais aos novos iPhones XS e XS Max podem ser classificadas, ao menos por enquanto, como controversas — especialmente pelos preços dos dois aparelhos, que acabaram se provando superiores àqueles previstos por Ming-Chi Kuo e outras fontes normalmente confiáveis.

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Também não agradou em nada o fato de a Apple ter matado sem dó nem piedade o iPhone X depois de somente um ano de existência — muito embora, analisando friamente, não haja motivos para manter a existência do aparelho considerando a sua proximidade em relação aos irmãos mais novos. A seguir, vamos dar uma olhada exatamente no que mudou entre a geração anterior e a atual dos iPhones mais caros para sabermos exatamente com o que estamos lidando.

Primeiramente, é bom deixar claro de uma vez por todas: os iPhones XS e XS Max são basicamente idênticos em recursos e componentes, mudando entre ambos apenas o tamanho da tela (consequentemente, o comportamento do iOS no modo paisagem, ou seja, quando na horizontal) e da bateria; talvez, por isso, a Apple tenha optado por uma nomenclatura diferente do tradicional “Plus”, que sempre simbolizou alguns benefícios extras, como a câmera dupla (presente aqui em ambas as versões).

O iPhone XS é fisicamente quase idêntico ao seu irmão do ano passado, permitindo inclusive que as cases do iPhone X sejam utilizadas no novo modelo (Atualização: como explicamos nesse post, existe uma diferença milimétrica no módulo de câmera do iPhone XS que faz com que algumas cases do iPhone X não encaixem no novo aparelho). Também são iguais entre os dois aparelhos o tipo e a tecnologia de tela, resolução e recursos extras, como 3D Touch, True Tone e espectro amplo P3 de cores. Quase nada nessa área muda — a diferença está por conta do registro de toques em 120Hz, que promete uma responsividade ainda maior (e, vejam bem, não é a tela em si que tem essa taxa de atualização, e sim o touchscreen — nada de ProMotion nos iPhones, por enquanto).

A maior diferença entre o iPhone X e os XS/XS Max está no processador: sai o A11 Bionic e entra o A12 Bionic, o primeiro SoC (system-on-a-chip) fabricado em massa com arquitetura de 7 nanômetros. A Apple classifica seu novo chip como “o mais poderoso” já colocado num smartphone, sendo 15% mais rápido que seu antecessor e com um uso energético 50% mais brando; a GPU1Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico. integrada é 50% mais poderosa e a plataforma Core ML, de aprendizado de máquina, roda 9x mais rápida no novo chip!

Chip A12 Bionic

São apenas números, claro, e teremos que comprovar tudo na prática — as demonstrações realizadas até agora, entretanto, são bastante animadoras.

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Em termos de câmera, os componentes em si permanecem quase inalterados, com o sistema duplo traseiro de duas lentes de 12MP cada uma — a teleobjetiva ƒ/2.4, que permite um zoom óptico de 2x, e a grande-angular com abertura ƒ/1.8. Essa segunda é ligeiramente diferente, com um sensor que captura pixels maiores em relação ao do iPhone X — agora, eles são de 1.22µm (como no elogiadíssimo Google Pixel 2) e, portanto, conseguem receber mais luz. O flash True Tone também foi melhorado, com cores mais naturais.

O resto da diferença está todo no software: por conta de melhorias, os novos iPhones trazem um novo Modo Retrato mais avançado, com controle posterior de profundidade de campo (ou seja, você ajusta o quão embaçado fica o plano de fundo da foto a qualquer momento); isso funciona, inclusive, na câmera frontal, que também não mudou fisicamente e continua com o mesmo módulo de 7MP. Temos ainda um novo modo Smart HDR2High dynamic range, ou grande alcance dinâmico., que utiliza as habilidades de inteligência artificial do aparelho para tirar fotos ainda mais precisas e com cores mais vibrantes.

A captura de vídeo também melhorou, com suporte a HDR estendido a 30 quadros por segundo e captura de áudio estéreo, por todos os quatro microfones. No mais, tudo igual — você continua podendo gravar filmes em 4K a 24, 30 ou 60qps e o suporte a vídeos em câmera-lenta continua o mesmo, com filmes a 120 ou 240qps em 1080p.

A bateria dos novos iPhones é um pouco melhor, apesar dos números exatos (mAh) ainda não terem sido descobertos — isso é uma tarefa para a iFixit. Segundo a Apple, o iPhone XS dura 30 minutos a mais que o seu antecessor em condições semelhantes de uso; o iPhone XS Max, por sua vez, dura 1h30 a mais — seu tamanho mais avantajado, naturalmente, permite a instalação de uma bateria significativamente maior.

Outra mudança entre os aparelhos é na resistência a líquidos: enquanto o iPhone X tem certificado IP67, os novos XS e XS Max trazem certificado IP68, resistindo a mergulhos de até 2 metros de profundidade por no máximo 30 minutos. Apesar disso, a Apple continua não oferecendo garantia a danos causados por líquidos nos novos aparelhos — portanto, nada de fazer testes muito extremos nos bichinhos.

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Temos ainda mudanças pontuais em recursos já consagrados: os alto-falantes estéreo, por exemplo, recebem agora a tecnologia batizada de “Wide Stereo” — que ninguém sabe bem o que significa, mas os componentes são capazes de reproduzir sons com maior fidelidade e altura (para um alto-falante de celular, claro). O Face ID, por sua vez, continua essencialmente o mesmo, porém ligeiramente mais rápido por conta de atualizações no Secure Enclave, o sistema dentro do chip A12 responsável pela segurança biométrica dos aparelhos.

Por fim, é importante destacar o suporte à tecnologia Dual SIM nos novos dispositivos, algo inédito na história da Apple. Basicamente no mundo todo, isso se dará pela inclusão de um eSIM (chip eletrônico), junto ao chip “comum”, físico; apenas na China será oferecida uma bandeja especial com suporte a dois chips físicos, já que o país não permite o uso dos SIMs eletrônicos. Ainda assim, uma boa novidade para quem precisa usar mais de um número — contanto que nossas operadoras abracem a tecnologia, isso é.

Também temos aqui a opção de 512GB de armazenamento, dobrando a capacidade máxima do iPhone X.

Parte inferior do iPhone XS à esquerda; do iPhone X à direita
Parte inferior do iPhone XS à esquerda; do iPhone X, à direita

Um detalhe estético, mas que não pode passar despercebido aos olhos dos mais atentos é a parte inferior do iPhone que, conforme os rumores diziam, tem mesmo uma assimetria: são três furos de um lado e seis do outro nos iPhones XS e XS Max (por conta de uma nova antena posicionada ali na parte inferior), enquanto que no iPhone X temos uma coerência visual muito mais interessante.

De resto, nada muda. O iPhone XS custa exatamente o mesmo que o seu antecessor, com preços a partir de US$1.000; o XS Max, por sua vez, é US$100 mais caro — e o modelo mais caro de todos, de US$1.450 (XS Max de 512GB), é o iPhone mais dispendioso da história da Maçã.

No geral, não são tantas novidades assim e certamente a receita não será muito sedutora para quem já tem o iPhone X ou mesmo um iPhone 8 Plus, especialmente a esses preços. O que vocês acham?

Atualização 18/09/2018 às 19:00

Adicionamos algumas informações extras que ficaram de fora do post originalmente, como a nova tecnologia dos alto-falantes estéreo e a ligeira diferença na lente principal da câmera traseira.

Notas de rodapé

  • 1
    Graphics processing unit, ou unidade de processamento gráfico.
  • 2
    High dynamic range, ou grande alcance dinâmico.

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