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Opinião: o MacBook Pro voltou a ser uma máquina profissional

MacBook Pro com Touch Bar (2018)

Lançado em julho passado, o novo MacBook Pro com Touch Bar veio cheio de expectativas em torno da sua confiabilidade, sobretudo em relação ao teclado e seu mecanismo “borboleta”, e também em relação à performance em geral.

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As máquinas ganharam alguns novos recursos já presentes em outros produtos da Maçã, como o chip T2 (presente no iMac Pro, para maior segurança), além da terceira geração do teclado “borboleta” e uma tela com suporte à tecnologia True Tone (que mostra sempre as cores de acordo com o ambiente onde o usuário está). As novas máquinas vêm ainda com processadores Intel mais rápidos, de oitava geração, com quatro núcleos nos modelos de 13″ e seis nos de 15″.

Vamos conferir as novidades e a minha avaliação dessa nova máquina? O modelo escolhido por mim foi o de 13″, com 256GB de SSD e 8GB de RAM.

Tela com suporte ao recurso True Tone

Já presente em iPads Pro e iPhones, os displays com suporte à tecnologia True Tone fazem as cores da sua tela serem apresentadas como elas realmente são. Utilizando um sensor especial que analisa a luz do ambiente, a tela ajusta a cor e a intensidade para que tudo fique mais natural.

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Algumas pessoas adoram o recurso; já para outras, ele é uma bobagem. Particularmente, depois que você se acostuma com o balanço de cores oferecido pelo recurso, toda vez que você olha para uma tela que não conta com essa tecnologia, enxerga as cores puxando muito mais para o azul, deixando o branco “menos branco”.

Essa é, sem dúvida é, a melhor tela já feita para um notebook da Apple!

Performance e bateria

No quesito performance, o ganho foi significativo em ambos os tamanhos de tela. No de 13”, pela primeira vez, contamos com quatro núcleos de processamento mesmo nas máquinas de entrada. Comparado a um MacBook Pro 13” com a Touch Bar de 2016, porém, o ganho é sentido apenas em processos de renderização de vídeos no Final Cut Pro/iMovie, além da edição de fotos com aplicativos que requerem um pouco mais do computador.

Novos MacBooks Pro (2018)

Quanto à bateria, em meu uso normal (navegando na internet e editando documentos no Word), eu chego bem próximo das 10 horas prometidas pela Apple pela primeira vez; esse foi um dos recursos (ou melhorias, você escolhe) que mais me impressionaram em relação ao modelo de dois anos atrás.

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Como não poderia ser diferente, logo após o lançamento dos novos MacBooks Pro, a Apple já se envolveu em uma polêmica relacionada aos novos processadores Core i9 (que, pela primeira vez, estão disponíveis como opção para o modelo de 15”). Felizmente, por se tratar de um problema de software, tudo foi resolvido após a liberação de uma atualização.

Chip T2

Os primeiros MacBooks Pro com a Touch Bar foram introduzidos em 2016 e, pela primeira vez, passaram a contar com processadores ARM. Não, a Apple não deixou de usar os da Intel como principal. Esse chip ARM foi utilizado como um coprocessador, chamado T1, que oferecia uma Secure Enclave para suas informações mais sensíveis, desde os recursos de identificação via Touch ID até dados de seus cartões de crédito usados no Apple Pay.

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Com o chip T2, o MacBook Pro agora oferece segurança de sistema aprimorada com suporte para inicialização segura e armazenamento criptografado instantâneo — além de trazer o recurso “E aí, Siri” para o Mac pela primeira vez!

Apesar de não ser um recurso muito usado pelas pessoas, o comando “E aí, Siri” tem sido uma mão na roda para encontrar arquivos no meu Mac (buscando informações e imagens que ilustram apresentações que utilizo no trabalho). Com a adição do aplicativo Casa (Home) ao macOS Mojave 10.14, temos ainda a opção de controlar a casa pelo MacBook — nada melhor do que ter a opção de fazê-lo terceirizando esse trabalho para a Siri, não é mesmo?! 😉

Memória e armazenamento

Nos últimos anos, os MacBooks Pro estiveram limitados a 16GB de RAM por uma questão do formato de memória utilizado pela Maçã — que exige um sistema de memória o qual consome muito mais energia, não sendo eficiente o bastante para um notebook.

Para a grande maioria dos usuários, 8GB é suficiente — que dirá 16GB! Mas a grande questão aqui é que o MBP é — ou deveria ser, como o próprio nome indica — uma máquina criada e pensada para profissionais que precisam de algo portátil, mas ao mesmo tempo muito capaz. Pensando nisso, a Apple resolveu abrir mão do baixo consumo de energia nas máquinas de 15″, viabilizando uma opção de 32GB e, ao mesmo tempo, aumentando um pouquinho o tamanho da bateria para suprir esse consumo maior.

Para RAM, temos como opções:

  • MacBook Pro de 13″
    Entrada: 8GB DDR4
    Personalizável: 16GB LPDDR3 (R$1.400 a mais)
  • MacBook Pro de 15″
    Entrada: 16GB DDR4
    Personalizável: 32GB DDR4 (R$2.800 a mais)

Quanto ao armazenamento, temos as seguintes opções:

  • MacBook Pro de 13″
    Entrada: 256GB de SSD
    Personalizável: 512GB (R$1.600), 1TB (R$4.800) ou 2TB (R$11.200)
  • MacBook Pro de 15″
    Entrada: 256GB de SSD
    Personalizável: 512GB (R$1.600), 1TB (R$4.800), 2TB (R$11.200) ou 4TB (R$23.800)

Ou seja, temos opções para todos os tipos de usuários e bolsos!

A polêmica do teclado

Não temos um assunto tão polêmico quanto o teclado com mecanismo “borboleta” dos MacBooks Pro.

Neste modelo de terceira geração, a Apple adicionou ao teclado uma nova camada de silicone, responsável por reduzir o barulho e impedir a entrada de sujeira. Posso afirmar para vocês que, neste mês de testes, a experiência de digitar se tornou melhor nessa nova geração.

YouTube video

Há alguns meses, a Apple anunciou um programa de reparo para MacBooks e MacBooks Pro que apresentassem problemas no teclado.

Terceira geração do teclado com mecanismo borboleta, da Apple

Alguns membros da equipe do MacMagazine tiveram problemas com as antigas gerações desse teclado. Contudo, ainda está um pouco cedo demais para avaliar se a terceira geração realmente corrigiu esses problemas — torcemos para que os problemas enfrentados por tantos usuários tenham chegado ao fim nesta geração, apesar de eu duvidar um pouco.

Visão geral

O novo MacBook Pro é uma máquina incrível. O ponto é que os de gerações anteriores também são. A Apple espera aumentar ainda mais a venda dos seus produtos com essa máquina atualizada, é claro (principalmente tentando corrigir o problema do teclado, oferecendo mais RAM e mais poder de processamento com o chip i9). Mas, pelo menos aqui no Brasil, ainda acredito que teremos o MacBook Air como carro-chefe por um bom tempo, por conta dos valores.

Se você precisa de uma máquina poderosa para o trabalho, finalmente podemos dizer — depois de um tempo — que o MacBook Pro está de novo num patamar profissional. Se você precisa atualizar sua máquina, essa pode ser uma boa hora por conta dos novos processadores, da velocidade de leitura/escrita incrível do SSD (as melhores do mercado!), da tela com suporte à tecnologia True Tone, da bateria com duração ainda maior, do novo teclado e do chip T2, que tornam o novo MacBook Pro o melhor computador portátil já feito pela firma de Cupertino.

Ah, se posso recomendar uma coisa pra vocês que estão com iGadgets ou Macs novos é: comprem o AppleCare! Nada como ter uma garantia estendida para o grande investimento que você fez! A versão “plus” do AppleCare, comercializada em alguns países como os Estados Unidos, conta com os mesmos critérios de reparo do AppleCare+ para iPhones, iPads e Apple Watch (cobrindo até dois danos acidentais — só que, no caso dos Macs, por um período de três anos).

Não deixe de pensar nisso como um investimento de longo prazo, até mesmo para uma revenda futura! 😉


MacBook Pro de 13" com Touch Bar (2018)

MacBook Pro

de Apple

Preço à vista: a partir de R$ 10.529,10
Preço parcelado: em até 12x de R$ 974,92
Lançamento: 2018

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