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E o “Mojave Experiment”, da Microsoft, está no ar!

Há alguns dias, falei aqui no MacMagazine sobre uma das iniciativas que comporão a nova campanha publicitária da Microsoft sobre a Apple, o chamado Mojave Experiment. Seu site oficial está agora no ar e, em cima dele, gostaria de tecer alguns comentários.

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É difícil acreditar, mas a Microsoft acertou em cheio na usabilidade do site, pelo menos no meu ponto de vista (sem trocadilhos). Ao contrário do que estamos acostumados, ele é bem simples, direto e o visual das telas de vídeos flutuando e se movimentando via um efeito tridimensional ficou, realmente, muito bacana.

Como já comentamos, a idéia da gigante de Redmond foi apresentar o Windows Vista (SP1) a usuários insatisfeitos com o sistema como “um novo sistema operacional”, chamado Mojave. Após o feedback positivo que receberam sobre os testes, aí sim revelaram que se tratava do próprio Vista. Isto, no mínimo, deve ter causado algumas reações nada agradáveis de alguns dos participantes, afinal, com outras palavras, ela os chamou de burros. Mas vamos ignorar esta questão.

Ocorre que não deixa de ser verdade o fato de que o Vista foi muito prejudicado pela sua péssima repercussão na mídia — e também pelo infalível boca-a-boca. Mas o problema da Microsoft não é a comunicação do seu produto, e sim o fato de que ele chegou ao mercado realmente bastante falho em sua primeira versão. Daí a lançar uma atualização de nome “Service Pack 1” (o que isso realmente diz para os usuários?) e esperar que todo mundo “dê mais uma chance” ao Vista por livre e espontânea vontade, é pretensão demais.

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Eu não nego que o sistema deva estar bem mais redondo hoje em dia, mas isso é o mínimo que poderia se esperar. O triste é ver que a campanha se baseia em testes de alguns minutos com máquinas e instalações feitas pela própria Microsoft. Isso não representa, nem de longe, a experiência que um usuário terá na vida real, instalando o sistema na sua máquina de 3 anos de uso, atualizando-o por cima do XP, instalando programas e jogos dos mais diversos e tentando conectar dispositivos talvez não tão “amigos” do Vista.

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Os vídeos publicados no site demonstrando algumas das capacidades do OS são super bacanas e tudo aparenta ser muito lindo, mas e na hora do “vamo vê”, será que é realmente fácil? Os usuários conseguem fazer o que querem? O programa funciona como deveria, a máquina responde rapidamente? O sistema é estável? O usuário precisa de ajuda, não tem problemas de usabilidade?

Eu acho que grande parte das falhas de conceito da Microsoft vem desde antes mesmo de você instalar o sistema: pra que tantas versões, meu Deus? Com tanta pirataria por aí, será que a Microsoft ganha mesmo oferecendo tantos modelos com variados diferenciais de — no final das contas — um mesmo produto? Isso confunde demais as pessoas! É só olhar o vídeozinho lá no site do Mojave que fala sobre o DVD Maker: “…disponível no Windows Vista Home Premium e no Windows Vista Ultimate”. Será que ela tem alguma noção de quanto deve ser decepcionante para um usuário que paga caro por alguma das outras versões do sistema, quando descobre que não tem o “programinha de criar DVDs” que o seu amigo acabou de te mostrar em sua casa?

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Numa página sobre “fatos” relacionados ao Windows Vista (ok, a Apple tem algo muuuito parecido no seu site há bastante tempo, desde a época da campanha Switch), acho que fica muito claro a tendenciosidade da Microsoft em publicar números a seu favor — nada mais justo, é claro. Mas ao invés de ficar listando quantidades e mais quantidades de aparelhos compatíveis com o sistema, por que não simplesmente se esforçar para tornar tudo o mais plug&play possível, sem dores de cabeça e necessidade de instalações de drivers e softwares adicionais para as coisas funcionarem?

E tudo isso com base em rápidos testes ou demonstrações assistidas por grupos de usuários selecionados por ela mesma para experimentarem o tal “Mojave”. Pra mim o conjunto todo é uma “capa bonita” para uma empresa que está se ajoelhando perante o mercado e pedindo pelo amor de Deus para “tentarem de novo”. É bom que a coisa esteja realmente redonda, caso contrário a mídia continuará fazendo o seu trabalho de comunicar ao mundo sobre a realidade do Vista. Ou, se ele está realmente sólido, ela também será responsável para contribuir, naturalmente, com a mensagem que a Microsoft está tentando passar.

Eu continuo no Leopard.

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