Não é de hoje que se fala do setor de Serviços como o possível futuro motor de crescimento primário da Apple, superando até mesmo o iPhone. Entretanto, o interesse da Maçã nesse prospecto deve estar mais intenso que nunca, agora que o interesse geral do público por sua linha de smartphones parece ter entrado numa curva descendente.
Bom, se as previsões da analista Katy Huberty, do Morgan Stanley, estiverem corretas, Tim Cook e sua turma não têm muito com o que se preocupar: a categoria Serviços da Apple vai se tornar um negócio muito, muito lucrativo em não muito tempo.
A analista lembra que, em 2016, a Maçã estabeleceu uma meta de dobrar a receita proveniente do segmento até 2020. Considerando o ritmo acelerado que ele tem crescido (o ano fiscal de 2018 viu um resultado de US$37 bilhões no setor), Huberty acredita que isso acontecerá mais rápido que o previsto e que, quando a Apple chegar à meta, irá rapidamente dobrá-la — podendo, então, chegar aos US$100 bilhões de receita em Serviços já em 2023.
Ou seja: se as previsões estiverem corretas, a tendência é que a Apple esteja cada vez mais dependente de produtos como iCloud, Apple Music, Apple Pay, App Store, iTunes Store e a futura plataforma de streaming da empresa. As cartas já estão dadas para esse movimento: a Apple anunciou que vai parar de divulgar os números de venda exatos de iPhones, iPads e Macs, provavelmente já antevendo um futuro em que sua plataforma de serviços online seja a sua principal fonte de renda.
A dúvida que fica é: até que ponto isso influenciará (positiva ou negativamente) no desenvolvimento de hardware, que sempre foi o maior trunfo da Maçã? Isso, caros leitores, só será descoberto com o passar dos anos.