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No aniversário de 10 anos dos emojis do iPhone, é hora de recordar a sua criação por parte de uma estagiária de design da Apple

Emojis no iPhone original

Pensem comigo: daqui a algum tempo, quando refletirem sobre a década em que atualmente vivemos, como irão classificá-la? A década dos memes? A década das redes sociais? Todas respostas válidas, mas eu preferiria dizer: a década do emoji.

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Claro, claro, as (hoje) ubíquas figurinhas existiam muito antes dessa década e já eram extremamente populares no Japão há bastante tempo, mas foi a entrada delas no iPhone, em 2008 — originalmente apenas no teclado japonês e depois, após ampla demanda popular, em todos os outros idiomas —, que marcou os emojis permanentemente na retina da cultura popular.

Agora, em comemoração aos dez anos da estreia das carinhas no smartphone da Apple, a criadora delas compartilhou um texto no Medium detalhando esse processo e a profundidade na qual ele mudou a sua vida. E, adivinhem só, a história é bem diferente do que a gente imaginava.

Entra em cena Angela Guzman, verão de 2008. Após formar-se na Escola de Design de Rhode Island, ela foi chamada para um estágio na Apple e logo começou a trabalhar na equipe do iPhone. Inicialmente, não havia um projeto específico para Guzman, mas logo caiu no seu colo uma missão deveras especial: produzir cerca de 500 emojis que seriam introduzidos no teclado japonês do smartphone. O problema: ninguém sabia o que eram emojis.

Eu ainda estava tentando entender a tarefa que acabava de receber quando alguém perguntou se eu sabia o que era um emoji. E, bom, eu não sabia à época — nem eu nem a maioria do mundo anglófono. E respondi “não”. Isso tudo mudaria, claro, quando o iPhone os popularizasse oferecendo um teclado de emojis. Momentos depois eu soube o que significava essa palavra em japonês e que eu teria que desenhar centenas deles. Enquanto eu andava pelo corredor e processava internamente “isso não é um exercício de tipografia ou layout, são ilustrações divertidas”, meu mentor se apresentou.

Angela Guzman e Raymond, criadores dos primeiros 500 emojis do iPhone
Guzman e Raymond ao lado da recriação de uma das suas principais obras

Então foram três meses de trabalho de Guzman e Raymond, seu mentor, projetando e desenhando centenas de carinhas, lugares, bandeiras, animais, comida, roupas, símbolos, feriados, esportes e muito mais — tudo isso, como nota a designer, no padrão de excelência da Apple. Ela relata o quão perfeccionista foi o processo: cada nova figurinha era pensada pixel por pixel, com os detalhes sendo analisados a cada passo do processo, das pintas na berinjela à forma como o couro era costurado na bola de futebol americano. No meio de todo o processo, claro, Steve Jobs vinha analisar o progresso da tarefa.

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Em algum momento nós tivemos nossa primeira análise de Steve Jobs, que criou uma experiência compartilhada de suspense e sucesso quando eles foram aprovados para lançamento. E se Steve disse que estava bom para ser lançado, eu diria: aula de artesanato, check.

Outros detalhes sobre a criação dos emojis pode fazer você nunca mais olhar para eles da mesma forma: o formato básico do infame emoji de cocô, por exemplo, foi duplicado para fazer a parte superior do emoji de sorvete na casquinha, o que pode ser deveras perturbador dependendo da forma que você pense. 💩🍦 Guzman fala também sobre como eles deixaram as figurinhas mais difíceis para o final, como a mulher dançando no vestido vermelho.

Guzman lembra também que, embora ela e Raymond sejam os responsáveis pela criação dos 500 emojis iniciais do iPhone (e tenham até uma patente por eles), uma série de outros designers da Apple ajudaram no projeto e muitos outros criaram figurinhas que vieram a aparecer posteriormente — o total, hoje, está na casa dos milhares, e as criações da dupla já viraram até figurinhas que se movimentam com base no rosto do usuário.

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Essa, sim, é uma história de sucesso, não?

via 9to5Mac

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