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Sete fornecedoras da Apple são acusadas de trabalho forçado

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Made in China

Mais uma vez, a Apple se vê em meio a polêmicas relacionadas às linhas de produção de suas fornecedoras na China — é o que aponta uma investigação do The Information em parceria com grupos de direitos humanos.

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De acordo com uma matéria especial publicada hoje, sete empresas parceiras da Maçã estariam participando de programas de trabalho forçado promovidos pelo governo chinês. Elas também estariam ligadas ao genocídio dos uigures na região de Xinjiang.

Dentre as fornecedoras, estão: Advanced-Connectek, Luxshare Precision Industry, Shenzhen Deren Electronic Co., Avary Holding, AcBel Polytech, CN Innovations e Suzhou Dongshan Precision Manufacturing Co.

Pelo menos cinco delas teriam recebido milhares de trabalhadores uigures e de outras minorias para trabalharem em situações extremamente precárias.

“O parque industrial é cercado por muros e cercas com apenas uma entrada ou saída. E ao lado do parque havia um grande complexo identificado por um pesquisador de imagens de satélite como um centro de detenção onde moram os trabalhadores da fábrica”, afirma a extensa reportagem.

Além de trabalharem para a Apple, as companhias também prestam serviços para empresas como Google, Samsung, Amazon, Tesla, Dell, Lenovo, BMW, Cisco, HP e outras gigantes.

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O governo chinês afirma que esses programas são opcionais e visam retirar os moradores de Xinjiang da miséria, já que a cidade possui uma das maiores taxas de pobreza do país. A China alega que os locais de trabalho são, na verdade, centros vocacionais e de treinamento criados para prevenir o terrorismo.

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Especialistas em direitos humanos, contudo, dizem o contrário: “Nenhum cidadão de minoria na região pode se recusar a participar dos programas”, disse uma professora da Sheffield Hallam University, que também relatou prisões em caso de recusa ao trabalho.

Em resposta ao The Information, a Apple afirmou que a “averiguação por trabalho forçado faz parte das avaliações que realizamos em todos os países onde fazemos negócios”, e que “apesar das restrições da COVID-19, realizamos investigações adicionais e não encontramos evidências de trabalho forçado em nenhum lugar onde operamos”. A empresa informou que continuará “fazendo todo o possível para proteger os trabalhadores e garantir que sejam tratados com dignidade e respeito”.

No ano passado, a Nanchang O-Film Tech já havia sido acusada de violar direitos humanos e espionar trabalhadores uigures. Por isso, diversos grupos ativistas se uniram para ajudar a libertar trabalhadores.

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Segundo estimativas, há quase 1 milhão de uigures sob más condições em campos de detenção. Um projeto de lei americano quer impor sanções às empresas que violarem os direitos humanos e impedir a importação de produtos fabricados na região de Xinjiang — o projeto, contudo, ainda não foi aprovado.

via AppleInsider

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