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CEO do Spotify reitera rejeição às políticas da App Store: “É como jogar pingue-pongue vendado”

Spotify

Depois de anos de críticas veladas aqui e ali sobre o assunto, o Spotify finalmente declarou guerra abertamente à Apple e às políticas da App Store, consideradas abusivas e anticompetitivas pelo maior serviço de streaming musical do mundo. Hoje, o CEO da empresa, Daniel Ek, compartilhou mais informações sobre o assunto e a posição do Spotify numa conferência em Berlim sobre competição empresarial. As informações são da Variety.

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O executivo sueco reiterou os pontos previamente trazidos pelo Spotify, afirmando que a Apple não pode atuar como detentora da plataforma e competidora dentro dela.

Como vocês sabem, a Apple é tanto a dona da plataforma iOS e da App Store quanto uma competidora de serviços como o Spotify. Em teoria, não há problemas nisso; no caso da Apple, entretanto, ela continua dando a si mesmo uma vantagem injusta a cada momento — colocando ela própria como juíza e jogadora no mundo do streaming de áudio.

O CEO prossegue, afirmando que é impossível, para uma empresa de internet em 2019, ficar longe do iOS — e a única forma de estar no iOS é seguindo as regras ditas injustas da App Store.

Como todos sabemos, a App Store é a única forma de oferecer nossos serviços para qualquer pessoa com um iPhone ou iPad. Isso dá mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, então não estar na plataforma deles não é uma opção para nós — ou para qualquer serviço digital contemporâneo. A Apple sabe disso. Se nós queremos usar o sistema de pagamentos da Apple para que nossos clientes façam o upgrade para o nosso serviço Premium, precisamos pagar a taxa de 30% […] Enquanto isso, a Apple pode evitar essa taxa e oferecer o Apple Music a um preço muito menor e mais atraente. Isso é particularmente ruim para uma empresa como a nossa, que já paga uma parte importante da sua receita para gravadoras e produtoras.

Ek explica, então, que não tem nada contra a taxa cobrada pela Apple, e sim contra as políticas impostas pela empresa ao Spotify (e outras empresas) uma vez que o serviço resolveu não submeter-se a ela.

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Eu não estou aqui para defender a extinção ou redução da taxa. Com base na nossa decisão de não pagá-la, entretanto, o resultado é que nossos clientes precisam fazer o upgrade para o Premium em outro lugar, como em seus computadores. O problema aqui é que nós não podemos dizer aos nossos clientes como fazer o upgrade. Nós somos basicamente amordaçados e impedidos de nos comunicar com nossos próprios usuários sobre o nosso serviço.

O sueco concluiu fazendo uma metáfora com as mesas de pingue-pongue espalhadas por vários escritórios do Spotify ao redor do mundo — segundo ele, lá colocadas para estimular a competitividade entre seus empregados. Segundo Ek, as regras injustas da Apple são análogas a um jogo de pingue-pongue em que “você joga vendado e seu concorrente vai mudando as regras ao longo da partida”, nas palavras dele.

Quem ecoou os comentários de Ek foi a pré-candidata democrata à presidência dos EUA, Elizabeth Warren — que, como já comentamos, tem uma proposta deveras drástica de “quebrar” grandes empresas tecnológicas para que elas não detenham centros de distribuição (como a App Store) e vendam/distribuam produtos neles ao mesmo tempo. A senadora afirmou ao New York Times que as reclamações do Spotify são “só mais um exemplo do que pode acontecer quando essas empresas gigantescas abusam do seu poder para prejudicar a concorrência”.

Quais são as vossas opiniões?

via MacRumors

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