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Por que o Apple TV+ poderá não chegar ao Android

Apple TV+

Como muitos de vocês devem ter acompanhado, na semana passada a Apple anunciou o seu serviço de streaming de vídeos, o Apple TV+. Além dele, ela também mostrou o novo app Apple TV que integrará os conteúdos da iTunes Store. As novidades também estarão disponíveis para donos de Smart TVs da Samsung, da Sony, da LG, da Vizio e set-top boxes do Roku e da Amazon.

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Contudo, se nos atentarmos a um detalhe, podemos problematizar uma questão até simples: por que o Android ficou de fora do Apple TV+? Mais do que uma questão de ter seu próprio hardware, os esforços da Apple em serviços visam expandir a sua participação para ainda mais mercados, e o sistema operacional móvel do Google definitivamente tem mais expressividade do que o da Maçã em diversas regiões.

Até mesmo o Apple Music possui um app para Android, o qual superou a marca de 40 milhões de instalações recentemente.

De acordo com Mark Gurman (da Bloomberg), a resposta tem a ver com o nicho desse mercado. Diferentemente dos serviços de streaming de música, que são majoritariamente usados em dispositivos móveis, as plataformas de vídeo sob demanda são instaladas principalmente em Smart TVs e set-top boxes, excluindo a participação do Android nesse cenário.

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Para exemplificar a “independência” do mercado de streaming de vídeo dos sistemas operacionais móveis, basta olhar para uma das maiores empresas nesse ramo: a Netflix. De acordo com dados da gigante de streaming, 70% dos seus assinantes acessaram o serviço em uma TV, no ano passado. Por outro lado, 15% dos usuários usaram PCs, 10% smartphones e apenas 5% utilizaram tablets.

Se a Netflix (que possui negócios em plena expansão fora dos EUA) conseguiu, no máximo, 15% de participação em dispositivos móveis no geral, a Apple pode ter apostado que valeria a pena excluir o sistema móvel do Google desse método de distribuição — e manter mais um recurso restrito ao iOS para atrair mais consumidores, quem sabe.

Com base na estratégia da Apple até agora, a mensagem é clara: a Apple lançará seus serviços em dispositivos que não são seus quando beneficiar a empresa e não atrapalhar a venda do seu próprio hardware.

Naturalmente, o serviço é da Apple e ela o disponibiliza-o onde bem entender. Não obstante, isso é apenas uma hipótese do motivo de o Apple TV+ não ser liberado para o Android inicialmente — mas também não significa que a novidade nunca chegará à plataforma do Google. Quem aposta?

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