De repente, não mais que de repente, a novela acabou na frente dos nossos olhos: pouco depois do início do julgamento de uma das suas disputas judiciais em San Diego (Califórnia, EUA), Apple e Qualcomm resolveram suas diferenças fora da corte e anunciaram um acordo que termina, efetivamente, todos os processos rolando entre as duas empresas ao redor do mundo.
O evento já gerou reflexos no mundo, como a desistência da Intel de fabricar modems 5G para dispositivos móveis (que pode tanto ter sido causa quanto consequência do acordo). Agora, o CEO da Qualcomm, Steve Mollenkopf, compartilhou algumas palavras sobre a reconciliação com a CNBC.
O executivo classificou a Apple e a Qualcomm como “duas grandes empresas de produtos” e afirmou que, por conta disso, “é natural que elas trabalhem juntas e queiram trabalhar juntas”. Apesar disso, Mollenkopf não revelou os termos do acordo entre as companhias nem possíveis valores desembolsados por qualquer um dos lados.
Fato é que, mesmo sem revelar valores, a Qualcomm parece ter saído por cima da carne seca nesse acordo: a empresa está operando em alta na NASDAQ desde ontem, com os valores da ações subindo cerca de 11% neste momento.
Para quem manja do inglês (ou do Google Tradutor), vale, também, ler esse texto do SemiAccurate expondo as razões pelas quais a Apple parece ter aceitado o acordo — basicamente, segundo a opinião do jornalista Charlie Demerijan, a empresa se viu numa situação em que seria muito difícil sair vitoriosa, com vários indícios de má conduta do seu lado, e certamente precisou passar um cheque bem pesado à (ex-)rival.
Voltando a Mollenkopf, o CEO acrescentou que, neste momento, o foco nas duas empresas é “resolver como voltar a trabalhar juntas em força máxima o mais rápido possível”. Segundo ele, “há muitas oportunidades” agora que o problema está resolvido e ele espera que a Qualcomm possa fazer ainda mais.
De fato, com o caminho livre para fornecer modems 5G à Apple, a gigante dos microchips deverá alçar voos ainda maiores do que já atingiu.
via 9to5Mac