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Fabricante de vidros de safira da Apple é acusada de fraude — e seu ex-CEO também

Águas passadas são comumente esquecidas, certo? Não para a Apple. A gigante de Cupertino está no processo de resolver um grande problema com uma de suas fabricantes que, digamos, vacilou (e feio) com a companhia. Estamos falando da GT Advanced Technologies, com a qual a Maçã tinha planos de investir US$578 milhões na criação de novas fábricas para produção de vidros de safira.

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Como informamos no início do ano passado, acabou que a Apple investiu parte do dinheiro e não viu nem a cor desse material que equiparia iGadgets. A GT Advanced foi, naturalmente, processada por isso — e agora oficialmente acusada pela Securities and Exchange Commission (SEC) por fraude na fabricação de vidros de safira para a Apple.

Além da GT Advanced, o ex-CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da fabricante, Thomas Gutierrez, também foi acusado de enganar investidores sobre a real capacidade de produção da empresa. Não bastasse tudo isso, a SEC alegou, ainda, que a fabricante demorou em reconhecer a dívida de mais de US$300 milhões com a Maçã, resultado dos repetidos fracassos em atender à demanda da companhia.

De acordo com o relatório da SEC, a Apple antecipou parte do investimento de US$578 milhões à GT Advanced em troca de vidros de safira que atendessem a certos padrões técnicos. Os investidores acompanharam o acordo entre as empresas e, no fim de 2014, quando a fabricante não cumpriu com os padrões exigidos, a Apple reteve US$139 milhões do investimento e exigiu o pagamento de US$306 milhões adiantados.

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Para evitar o reconhecimento da dívida (que teria um impacto imediato no funcionamento das suas operações), a GT Advanced acusou a Apple de violar parte do acordo, numa tentativa de se libertar das obrigações com a Maçã. Contudo, durante a divulgação dos resultados do segundo trimestre fiscal de 2014, o então CEO da GT Advanced alegou (falsamente) que a empresa atingiria as metas de desempenho se recebesse o pagamento final da Maçã até outubro daquele ano.

Pouco tempo depois, entretanto, a fabricante entrou com um pedido de concordata, o que resultou em “danos significativos aos investidores”, segundo a SEC. A GT Advanced deixou o processo de recuperação judicial em 2016 e, desde então, suas atividades são financiadas por um grupo de patrocinadores anônimos.

A GT e seu CEO pintaram uma imagem otimista do desempenho da empresa e da capacidade de obter financiamento, que era primordial para a sobrevivência da GT, enquanto eles sabiam de informações que teriam consequências catastróficas para a empresa. Continuaremos a responsabilizar CEOs quando eles violarem seus deveres mais fundamentais de fazer revelações completas e verdadeiras aos investidores.

Nem a GT Advanced, nem o ex-CEO da fabricante admitiram ou negaram as alegações da SEC; não obstante, ambos desistiram das acusações contra a Apple e Gutierrez concordou em pagar mais de US$140 mil como “alívio monetário” para as multas aplicáveis.

via MacRumors

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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