No começo de abril, nós falamos de um caso no qual dois estudantes de engenharia aplicaram um golpe que rendeu um prejuízo de quase US$1 milhão à Apple.
De forma resumida, Quan Jiang e Yangyang Zhou recebiam pacotes com 20-30 iPhones falsificados de Hong Kong (cada um com custo aproximado de US$30) e os enviavam à Apple, afirmando que os aparelhos — segundo eles, dentro da garantia — estavam quebrados e não ligavam mais. Eles fizeram isso mais de 3 mil vezes, tendo sucesso em cerca de 1.400 casos. Eles então pegavam esses aparelhos novos, enviavam à China e os revendiam por preços de mercado — parte do lucro dessa operação, obviamente, ia para o bolso da dupla.
A fraude dava certo basicamente pois a Apple não consegue examinar ou reparar imediatamente telefones que não podem ser ligados — e, como a empresa tem uma política de resolver logo o problema para clientes, acabou se dando mal nessa. Tudo, porém, tem um limite, e a Apple viu que algo estava errado, acabando com a festa.
Jiang (de 30 anos) confessou ser culpado na acusação de tráfico de produtos falsificados; já Zhou, acusado de apresentar informações falsas ou enganosas em declarações de exportações, se declarou inocente.
Pelo crime, Jiang enfrentará uma sentença máxima de dez anos de prisão, uma multa no valor de US$2.000.000 (ou o dobro dos seus rendimentos, o que for maior), e três anos de supervisão após a liberação.
A condenação, no entanto, acontecerá em 28 de agosto, perante a juíza do Tribunal Distrital dos EUA, Anna J. Brown. Segundo informou a Bloomberg, a Procuradoria dos EUA recomendará uma sentença de prisão de três anos e pelo menos US$200.000 de restituição à Apple — e Jiang também perderá a sua Mercedes-Benz CLA 250 Coupe 2015 preta.