Há duas semanas, falamos aqui sobre o anúncio do presidente americano Donald Trump que aplicaria mais uma rodada de impostos — de 10%, desta vez — em todos os produtos fabricados na China que ainda não tinham sido afetados por reajustes fiscais anteriores. A medida afetaria, claro, basicamente toda a linha de produtos da Apple, o que fez as ações da empresa caírem. Agora, entretanto, Cupertino pode respirar… ainda que por pouco tempo.
O Escritório de Representante de Comércio dos Estados Unidos (United States Trade Representative, ou USTR) anunciou hoje que as novas tarifas, as quais seriam originalmente aplicadas em 1º de setembro, foram adiadas para 15 de dezembro para “certos itens”, como celulares, computadores e monitores. Outros tipos de produtos serão totalmente removidos do reajuste por razões de saúde, proteção ou segurança nacional — mas os produtos da Apple certamente não estão em nenhuma dessas categorias.
Mesmo que os novos impostos estejam vindo mais cedo ou mais tarde, o adiamento é uma ótima notícia para a Apple. Isso, claro, porque o grosso de lançamentos da empresa acontece justamente no segundo semestre — como os novos iPhones, que, mesmo em queda, ainda são a principal fonte de lucro de Cupertino. Com as tarifas adiadas, a Maçã pode aproveitar uma boa janela ainda sem os impostos e maximizar suas receitas (já que, pelo visto, o aumento nas taxas será absorvido pela empresa).
O mercado respondeu bem à notícia: a $AAPL teve um salto de cerca de mais de 4,5% valendo, no momento, mais de US$209. Com isso, as ações da Maçã recuperaram o valor perdido justamente há duas semanas, quando o governo Trump anunciou a nova rodada de impostos.
O USTR anunciou que publicará ainda hoje uma lista completa com todas as categorias de produtos que terão o reajuste fiscal adiado, bem como aquelas que ficarão isentas das novas taxas. Para a Apple, entretanto, só esse anúncio inicial já é uma excelente notícia — agora, fica o encargo de pensar nas estratégias de ação para quando o aumento nas tarifas realmente chegar, no fim do ano.
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