Você já ouviu falar no Social Club? Trata-se de um app, lançado em julho passado na App Store e no Google Play, que tinha como objetivo criar uma rede social centrada em um público-alvo específico: apreciadores da indefectível cannabis.
Inicialmente, a rede — que rapidamente ganhou o apelido de “Instagram da maconha” — parecia seguir seu curso normalmente, com uma boa taxa de adoção (foram quase 500.000 downloads nos últimos meses); agora, entretanto, tudo foi por água abaixo.
Segundo o TechCrunch, a Apple baniu o Social Club da App Store. Mas engana-se quem acha que isso aconteceu por conta da temática da rede. O motivo? Seus usuários estavam aproveitando o espaço livre de fiscalização para cometer todos os tipos de crimes virtuais, como negociação de drogas, exibição de pornografia infantil e conteúdo explicitamente violento, memes racistas e propagação de discurso de ódio.
Até o momento, o aplicativo está disponível no Google Play, mas não se sabe até quando. Um dos criadores do Social Club, o rapper Berner, afirmou que a presença dos criminosos na rede é um “ataque”, e que o app mudou da noite para o dia — ele prometeu, também, que os responsáveis limparão a rede para torná-la utilizável novamente.
Não se sabe que tipo de medidas serão tomadas pelos criadores para reabilitar o Social Club. A rede foi fundada com a filosofia de liberdade — já que o Instagram, por exemplo, bane totalmente a postagem de conteúdos relacionados a drogas ilícitas (ou ao menos ilícitas em certos locais, como a maconha) — mas essa liberdade, aparentemente, voltou-se contra os criadores.
O caso lembra outra ocorrência recente, quando o Tumblr, ao ser temporariamente banido da App Store por ocorrências criminosas de pornografia infantil, tomou a decisão de proibir todo tipo de conteúdo adulto em sua rede — e, com isso, viu sua taxa de utilização cair vertiginosamente. Se o Social Club (que, claro, nunca chegou a ter nem uma fração da relevância do Tumblr) seguirá o mesmo caminho, teremos de aguardar para ver.