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Apple exibe seu headset para executivos, mas há ceticismo

Conceito de headset da Apple

A saga do headset de realidade mista da Apple ganhou mais alguns capítulos recentemente. Primeiramente, o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, relatou em seu último boletim informativo “Power On” que houve uma reunião importante no Steve Jobs Theater, na semana passada, com cerca de 100 executivos do mais alto escalão da empresa (grupo conhecido como Top 100) para ver o produto.

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Essa, porém, não foi a primeira vez que o grupo acompanhou uma demonstração do headset. Segundo Gurman, o Grupo de Desenvolvimento de Tecnologia da Apple — equipe por trás da iniciativa de realidade aumentada/virtual — vem exibindo o dispositivo para os principais tomadores de decisão da empresa todos os anos, desde 2018. Desta vez, no entanto, as circunstâncias foram diferentes.

Anteriormente, o objetivo era mostrar o progresso do desenvolvimento do produto e garantir o número de funcionários necessário para o empreendimento continuar. A demonstração da última semana, no entanto, foi “polida, chamativa e emocionante” (muito provavelmente devido à iminência do lançamento), mas muitos executivos estão cientes dos desafios da Apple para entrar nesse mercado.

O dispositivo custará cerca de US$3.000, não possui um aplicativo chamativo claro, requer uma bateria externa que precisará ser substituída a cada duas horas e usa um design que alguns testadores consideraram desconfortável. Também é provável que seja lançado com conteúdo de mídia limitado.

Pensando nisso, os executivos estão adotando um tom realista dentro da empresa. Esse não será um produto de sucesso logo de cara. Mas poderá seguir uma trajetória semelhante à do Apple Watch.

É nesse espírito de incerteza que, de acordo com uma reportagem do The New York Times, o entusiasmo em torno do headset deu lugar ao ceticismo dentro da Apple — diferente do sentimento presente às vésperas do lançamento de muitos outros produtos da empresa, desde o iPod até o Apple Watch.

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Nesse sentido, alguns funcionários da empresa disseram que “há preocupações sobre o preço do dispositivo, dúvidas sobre sua utilidade e questionamentos sobre seu mercado”.

Segundo as informações, alguns funcionários abandonaram o projeto por causa de dúvidas sobre o potencial do novo dispositivo, enquanto outros foram demitidos pela falta de progresso com alguns aspectos do desenvolvimento, incluindo o uso da assistente virtual da Apple, a Siri.

Até os líderes da Apple questionaram as perspectivas do produto. Ele foi desenvolvido num momento em que a moral estava abalada por uma onda de saídas da equipe de design da empresa, incluindo Ive, que deixou a Apple em 2019 e parou de assessorar a empresa no ano passado.

Gurman notou ainda que, em termos de vendas unitárias, a primeira versão do headset “parecerá um fracasso perto dos produtos existentes da empresa” — muito em parte do fato de quão fraco é o mercado atual.

Quando os modelos subsequentes do headset forem lançados (incluindo uma possível versão mais barata), os executivos da Apple esperam que o interesse dos consumidores cresça, de acordo com o jornalista — mas tudo isso ainda é uma grande nuvem nebulosa para a Apple.

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