Na semana passada, nós informamos que a Apple alterou algumas informações dos seus apps Mapas (Maps) e Tempo (Weather) para mostrar a região da Península da Crimeia como parte da Rússia, a qual disputa com a Ucrânia o reconhecimento geopolítico da região. Como dá para imaginar, porém, a decisão da Maçã não agradou a todos.
Agora, a companhia respondeu aos usuários que se sentiram afetados pela mudança, dizendo que analisará mais profundamente as questões de fronteiras em seus serviços.
Gostaríamos de esclarecer aos nossos clientes em todo o mundo que não fizemos nenhuma alteração no Apple Maps em relação à Crimeia fora da Rússia, onde uma nova lei entrou em vigor que exigia a atualização dos Mapas no país.
Analisamos as leis internacionais, bem como as normas dos Estados Unidos antes de criar as classificações em nossos Mapas e fazer alterações, se exigido por lei. Estamos analisando mais detalhadamente como lidamos com fronteiras disputadas em nossos serviços e podemos fazer novas alterações no futuro. Nossa intenção é garantir que nossos clientes possam usar o Mapas e outros serviços da Apple em qualquer lugar do mundo.
Entre os críticos da decisão arbitrária da Apple está o ministro das relações exteriores da Ucrânia, Vadym Prystaiko. Na ocasião, o político usou uma metáfora para explicar o que a situação da Crimeia representa para ele (e certamente parte da população ucraniana).
Não está claro o que exatamente pode surgir dessa “análise mais detalhada” a qual a Apple se referiu, no entanto, essa não será a única preocupação da companhia envolvendo a Rússia daqui para frente: recentemente, outra mudança na legislação do país exigirá que toda tecnologia vendida no território russo seja despachada com um software pré-instalado produzido no país — sob o risco de ter a venda suspensa, como noticiamos.
Veremos como a Maçã driblará essas questões nos próximos capítulos.
via Cult of Mac