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EUA e China chegam a acordo e livram a Apple de novas tarifas

Nada de iPhones (ainda) mais caros, agora
iPhone 11 Pro à venda

Aos 45 minutos do segundo tempo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ontem um acordo comercial com Pequim que cancela a última rodada de tarifas sobre produtos fabricados na Chinainformou a Bloomberg. A notícia é especialmente um alívio para a Apple, pois com isso a empresa se livra (por pouco) de uma grande taxação que poderia atrapalhar suas vendas de fim de ano.

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Como noticiamos, as novas tarifas deveriam entrar em vigor no dia 15 de dezembro (sim, depois de amanhã) e poderiam acrescentar cerca de US$150 aos preços de iPhones. Ao contrário do que vem fazendo com outros produtos que já estão sendo tarifados, a gigante de Cupertino provavelmente iria repassar esses impostos aos consumidores — os quais portanto também saíram beneficiados pela decisão de Trump, como ressaltou o analista da Wedbush Securities, Dan Ives:

Trump deu um presente de Natal antecipado à Apple. Se essa tarifa fosse aprovada, teria sido um grande golpe contra a Apple e poderia ter causado um grande problema na cadeia de fornecedores e na demanda para a temporada de férias.

Na realidade, a situação da Maçã era bem mais complicada: se ela repassasse os custos das tarifas para os consumidores, as vendas cairiam; contudo, se ela não alterasse o preço final, a companhia enfrentaria um problema com seus acionistas, pois o lucro por ação da $AAPL poderia tombar cerca de 4% no próximo ano. Era aquilo: se ficar o bicho pega, se correr o bicho come.

A Apple já está pagando impostos adicionais pelos Apple Watches, AirPods, iMacs e HomePods — mas é provável que até mesmo essas tarifas sejam revertidas, segundo a Bloomberg. Isso é esperado pois o acordo fechado entre os EUA e a China inclui uma promessa dos chineses de comprar mais produtos agrícolas da terra do tio Sam, e tudo envolvendo a guerra comercial entre os dois países é na base do “toma lá, dá cá”.

Mais do que o impacto negativo no próspero período de compras, o acordo certamente teve a influência dos múltiplos encontros entre Trump e o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, neste ano. Em agosto passado, o presidente americano afirmou que o executivo teria feito um “bom argumento” ao dizer que as novas tarifas sobre os iGadgets colocariam a Maçã em desvantagem quanto às suas rivais, como a Samsung.

Desde então, Trump tem mudado o tom de suas falas acerca dos produtos da gigante de Cupertino, o que culminou nessa importante (e libertadora) decisão em benefício da Apple. Agora, resta-nos acompanhar os próximos episódios dessa briga de Titãs — e esperar que eles sejam ainda mais positivos.

Imagem: Bloomberg

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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