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Sindicalistas de Apple Store alegam falta de isonomia em benefícios

Funcionários de Apple Store

Conforme repercutimos em junho, os funcionários da Apple Towson Town Center, no estado de Maryland (Estados Unidos), foram os primeiros no país a se sindicalizar. Desde então, o assunto não se vê pacificado e até mesmo em outros países vem gerando polêmica. Agora, o problema é uma acusação de falta de isonomia na concessão de benefícios.

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De acordo com uma carta do sindicato dos trabalhadores da loja em Maryland, eles não foram incluídos em benefícios ligados a educação e saúde, os quais foram concedidos aos demais funcionários. Além disso, essas benesses foram anunciadas de maneira pouco clara e logo antes da votação pela sindicalização de uma Apple Store no estado de Oklahoma. Esse timing foi visto como estratégico para desestimular a adesão ao sindicato.

Os funcionários também reclamaram da falta de transparência em relação a esses benefícios, dos quais souberam pela mídia. A Bloomberg descobriu que eles consistem em uma inscrição gratuita na plataforma de cursos Coursera, matrícula pré-paga em algumas faculdades e novas opções de plano de saúde.

Segundo o Conselho Nacional de Relações Trabalhistas dos EUA, os empregadores são proibidos de não fornecer informações que podem ser relevantes para o processo de barganha. Wilma Liebman, presidente da instituição, afirmou que é difícil imaginar uma razão para a seletividade na concessão dos benefícios por parte da Apple que não o ímpeto em influenciar as eleições no Oklahoma.

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Dessa forma, o sindicato afirmou, ainda, que incluirá esses benefícios no processo de negociação coletiva com a Apple. A empresa recusou-se a comentar o assunto ao The Verge. Essa ação pode ser uma maneira da Maçã “justificar” seu ponto colocado anteriormente — de que os sindicatos atrapalham a relação entre os funcionários e a companhia.

Nova greve na Austrália

Do outro lado do mundo, a panela dos sindicatos também está borbulhando. Menos de um mês após uma greve nacional, os funcionários do varejo da Apple na Austrália realizarão outra paralisação geral após 68% dos trabalhadores rejeitarem um acordo proposto pela Apple, numa votação com participação de 87% dos 4.000 funcionários australianos.

As demandas seguem as mesmas, focadas em um aumento salarial que acompanhe a inflação do país — já acima da meta do governo australiano. Segundo a Reuters, líderes do Sindicato dos Trabalhadores de Varejo e Fast Food se reunirão para definir como será o movimento. Um secretário da união afirmou que os funcionários estão muito felizes em se engajar nas questões.

Enquanto o sindicato alega que as propostas da Apple representariam perdas reais no valor do salário, a Maçã diz que seus aumentos são, na verdade, 17% maiores que a média do setor, além de garantir os fins de semana dos funcionários. A greve é uma maneira de pressionar a companhia para quebrar o impasse.

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