Quem conhece bem o Mac OS X certamente sabe da existência do FileVault (e até o usa, quem sabe), recurso do sistema operacional da Apple que executa criptografia dos dados de um Mac de acordo com a preferência de cada um dos seus usuários. O recurso existe desde a versão 10.3 (Panther) e, no Lion, ganhou um novo nome e um novo propósito, sendo elevado ao status de criptografia de disco.
A mudança visa facilitar a vida de quem deseja proteger completamente o que está contido em um Mac, da mesma forma que é possível em aparelhos com o iOS por meio da criptografia de hardware empregada pela Apple. Quando um administrador ativar a criptografia de disco no Lion, todos os usuários do computador recebem um chave de autenticação (armazenada no Acesso às Chaves [Keychain Access]) e passam a ser capazes de acessar os dados seguros com a senha de login no sistema.
A mesma chave é usada para desbloquear o disco no caso de o usuário se esquecer da senha, o que anteriormente podia resultar na inutilização do HDD — e ainda pode, caso ele se esqueça das duas coisas. Mas uma função disponível no Mac OS X Lion permitirá que a chave seja guardada no MobileMe, quando o sistema for lançado.
Com a criptografia de disco ativa, quem for gerenciar Macs remotamente com o Lion Server terá ainda opções de destruição remota de dados e gerenciamento de informações e apps, da mesma forma que é possível em iPads, iPhones e iPods touch. A Apple tirará proveito de tecnologias do iOS (como o seu Push Notification Service) para aplicar operações de administradores instantaneamente em máquinas controladas via rede ou pela internet.
Estas funções aparentam estar funcionando bem mesmo na primeira fase aberta de testes com o Lion. O Engadget também publicou ontem outro vídeo bem bacana, compartilhando mais detalhes sobre o novo sistema operacional: