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WWDC20: macOS Big Sur é apresentado com nova interface, inspirada no iOS, e melhorias para o Safari [atualizado 2x: versão 11 ou 10.16?]

A transição começa
Apps redesenhados no macOS Big Sur

É, amigos: o X está oficialmente morto. Com vocês, o macOS Big Sur.

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Sua maior novidade? Uma nova interface, obviamente inspirada nos elementos do iOS — a maior mudança de visual desde o primeiro Mac OS X, segundo a Apple. Desde os elementos mais simples como seletores e botões, tudo foi repensado; profundidade, sombras e translucidez são mais usadas por todo o sistema. Botões e controles aparecem só quando o usuário precisa.

O Dock tem novos ícones para todos os apps nativos da Maçã — todos retangulares com bordas arredondadas, como no iOS. O Finder tem uma nova barra lateral que perpassa toda a vertical da janela, com uma nova barra de ferramentas inteligente, baseada em ícones. O Mail também tem uma barra parecida, e usa cores para sinalizar diferentes tipos de mensagens. Fotos, Calendário, Notas e outros também ganharam novos visuais. Até a suíte iWork ganhou um novo visual, com nova barra de ferramentas unificada.

A barra de menus também foi redesenhada, com elementos de interface redesenhados e mais fáceis de controlar; temos, agora, uma central Central de Controle própria presente na barrinha com controle das principais funções do sistema — os comandos mais utilizados, inclusive, podem ser arrastados diretamente para a barra de menus para acesso ainda mais rápido.

As notificações estão mais inteligentes e bonitas; os widgets têm o mesmo novo visual do iOS 14, com informações mais completas. Desenvolvedores podem criar widgets para o sistema, e você pode adicioná-los a partir dos apps que você já tem, numa tela especial.

O Mensagens ganhou uma busca mais poderosa, um seletor de fotos mais rápido e suporte nativo aos Memojis — você pode criá-los e compartilhá-los diretamente do Mac. O app também tem novos efeitos, conversas fixadas e melhorias em grupos, como no iOS.

O Maps também está seguindo a rota do iOS, com novo design e uma barra lateral que exibe seus locais favoritos e guias. Há suporte aos mapas internos e ao Olhe ao Redor (Look Around). Também é possível acompanhar a localização dos seus amigos que compartilharam essa informação com você.

O Mac Catalyst, que permite que desenvolvedores portem apps do iPad para o Mac, também está ainda melhor. Agora, é possível otimizar aplicativos para tirar total proveito da resolução da tela dos Macs, além de novas APIs. O iMessage e o Mapas, por exemplo, já são adaptados com o Catalyst.

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O Safari está ainda mais rápido (até 50% mais rápido que o Chrome) com melhorias de performance e pouca exigência da bateria. O navegador também reforçará as prevenções de privacidade com um novo botão, que exibe exatamente as informações sendo capturadas por uma determinada página.

As abas do Safari foram redesenhadas e é possível passar o ponteiro por cima delas para conferir uma prévia da página; ao clicar com o botão direito numa aba, há comandos especiais, como “fechar todas as abas à direita”. E ele também está ganhando uma nova tela inicial personalizada, bem como incorporará tradução de páginas nativamente.

A Mac App Store terá uma seção especial para extensões do browser — e o usuário poderá escolher quais sites funcionam com quais extensões, e inclusive conceder permissões temporárias. O navegador conta ainda com uma nova tela inicial personalizável e um recurso de tradução de páginas embutido (compatível com o português do Brasil).

Assim como os demais sistemas anunciados hoje, a primeira versão de testes do macOS Big Sur será disponibilizada ainda hoje para desenvolvedores; a primeira beta pública será liberada em julho, enquanto a versão final do sistema será lançada no outono do hemisfério norte.

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Obviamente, todas essas novidades vêm para acompanhar a transição mais importante de todas — a que colocará os chips da própria Apple nos Macs. Para isso, aguardem o próximo post.

Atualização 22/06/2020 às 17:01

Na parte da keynote detalhando a transição dos Macs para os chips ARM, a janela “Sobre Este Mac” deixou bem claro: o macOS Big Sur representa a versão 11.0 do sistema. Ao baixar a beta para desenvolvedores, entretanto, Jeremy Horwitz viu algo diferente:

Vão decidir o que sobre o macOS Big Sur, Apple? No palco, a janela “Sobre Este Mac” falou em macOS 11, mas quando eu fui baixá-lo, é macOS 10.16.

Algumas hipóteses podem ser levantadas aqui: a primeira é que o macOS Big Sur seria, na verdade, dois sistemas diferentes (porém externamente idênticos): o macOS 10.16 seria destinado a computadores com chips Intel, enquanto o macOS 11 seria exclusivo dos futuros Macs com chips ARM.

Outra possibilidade é que a Apple simplesmente tenha decidido pela mudança para macOS 11 de última hora, e os engenheiros da empresa tenham emitido a primeira versão beta sem fazer essa pequena correção. De qualquer forma, descobriremos mais detalhes sobre isso em breve.

Atualização II, por Rafael Fischmann 22/06/2020 às 19:02

Uma página de notas de liberação do macOS Big Sur meio que deixa claro que a versão oficial dele será mesmo 11.0. A Apple provavelmente arrumará isso de vez na segunda beta.

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