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Extensões do Chrome poderão rodar no Safari 14 — só depende dos desenvolvedores

Se você é um usuário do Safari que migrou de outro navegador, ou gosta de usar em alguns momentos os browsers concorrentes para experimentar e ver o que eles oferecem de bom, certamente sente falta de uma coisa: extensões.

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O Safari — provavelmente por conta da sua base de usuários — nunca teve um grande repositório de extensões como os existentes para o Firefox ou o Chrome. Para o navegador do Google, então, existe uma infinidade de opções, que também podem ser utilizadas facilmente no Opera e no Edge por eles serem baseados no projeto Chromium.

As coisas pioraram ainda mais quando a Apple decidiu migrar as extensões para dentro da Mac App Store. Por trás desse movimento, tivemos uma virada na estratégia: se antes era possível usar extensões criadas para a web mesmo, agora desenvolvedores são obrigados a basicamente criar mini-aplicativos (extensões nativas).

Isso é bom para quem já cria apps pro macOS e já está acostumado a desenvolver utilizando linguagens como Swift ou Objective-C. Contudo, as extensões mais comuns que vemos por aí — e que são amplamente usadas no Chrome ou no Firefox — normalmente são criadas a partir de tecnologias como JavaScript, HTML e CSS.

iMac rodando o Safari 14

Felizmente, com a futura chegada do Safari 14, essa estratégia mudará novamente, como divulgado numa sessão da WWDC20. A partir dessa nova versão, a Apple voltará a aceitar extensões web no seu navegador.

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Elas continuarão sendo distribuídas pela Mac App Store e continuarão se parecendo com apps. Essa parte, infelizmente, não vai mudar. A boa notícia é que a Apple disponibilizou um conversor de extensões para desenvolvedores, o qual pode converter uma extensão que já existe para o Chrome, por exemplo, para o Safari. Ao executar o conversor, ele informa se todos os aspectos da extensão funcionarão como esperado. Caso tudo esteja certo, o desenvolvedor pode então “empacotar” ela em um projeto do Xcode e enviá-la para a Mac App Store.

Nem tudo são flores, claro. Sabemos que o Safari é muito mais rigoroso que concorrentes no quesito privacidade — e o que mais tem por aí são extensões coletam muitos dados/informações (algumas visualizam todas as páginas que visitamos, o que digitamos no teclado, etc.). No navegador da Apple, o usuário poderá escolher se a extensão funcionará apenas em alguns sites, na aba ativa ou de forma completa. Será possível também ativar a extensão por um dia, apenas, para que ela não permaneça ativa para sempre.

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Mas a boa notícia é que, com a disponibilização desse conversor de extensões, muitos usuários que gostariam de migrar para o Safari e que estão “presos” em algum outro navegador por conta do uso de alguma extensão particular, poderão agora pedir para que o desenvolvedor responsável pela extensão leve-a também ao Safari. Vamos torcer para que muitos façam isso e o repositório da Maçã se encha de opções!

Safari Technology Preview 109

Numa nota relacionada, a Apple liberou hoje o Safari Technology Preview 109, que nada mais é do que a primeira versão beta do Safari 14.

Caso você queria começar a testar novidades como monitoramento de senhas, recursos contra rastreamento e, é claro, novas possíveis extensões que poderão surgir nos próximos dias, pode fazer o download nessa página do portal de desenvolvedores da Apple — há versões para o macOS Big Sur e para o macOS Catalina. 😉

via TechCrunch, MacRumors

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