Quem acompanhou as manchetes tecnológicas nos últimos meses provavelmente sabe que a Apple — e a App Store, mais especificamente — está na mira em uma série de projetos de lei antimonopólio apresentados por congressistas nos Estados Unidos.
O estado da Dakota do Norte já recusou a proposta, mas o projeto avançou no Arizona e ainda está em votação em Minnesota; Maryland e Virginia também estão redigindo propostas semelhantes.
Agora, de acordo com o Wall Street Journal, a empresa está se preparando para lutar: segundo uma reportagem recente, ela reforçou suas contratações de lobbying nos estados onde projetos de lei “anti-App Store” estão em trâmite. O Google também estaria empenhado em contratar lobistas para reverter as propostas, segundo a matéria.
Sem surpresas, as duas gigantes tecnológicas já têm posto representantes nas câmaras públicas dos estados em questão para defender seus interesses. Segundo a congressista do Arizona Regina Cobb, que apresentou o projeto de lei no estado, a Apple e o Google têm feito um forte lobby contra a proposta, que deverá ser votada definitivamente já no próximo mês.
Consultada pelo WSJ, a Apple limitou-se a dar a mesma declaração que tem dado em todas as matérias recentes sobre o caso:
Nós criamos a App Store como um lugar seguro e confiável para que usuários baixem os apps que amam e uma oportunidade de negócios para desenvolvedores. Essas legislações ameaçam quebrar justamente esse modelo bem-sucedido e prejudicar as fortes proteções que nós criamos para os nossos consumidores.
Obviamente, o que a Apple não diz é ainda mais importante — especificamente, quais serão as medidas da empresa caso algum dos projetos de lei em questão seja efetivado. Será interessante, portanto, acompanhar essa história de perto nos próximos meses.