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Twitter vai rotular posts com menor alcance por discurso de ódio

O Twitter anunciou nesta semana uma medida que tem como foco dar uma maior transparência às políticas de combate ao discurso de ódio da rede. Sem fornecer muitos detalhes sobre a mudança, a empresa disse que começará a adicionar “em breve” um rótulo em tweets que tenham tido sua visibilidade limitada em razão da violação dos termos de uso.

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A medida faz parte da nova filosofia de “Liberdade de Expressão, não de Alcance” do Twitter; a ideia da empresa é “ir além do binarismo” entre tirar ou não do ar conteúdos odiosos e afins. A ideia por trás da novidade, vale notar, é dar mais transparência ao que já é feito na plataforma: atualmente, tweets com discurso de ódio já perdem visibilidade — mas, com o novo rótulo, isso ficará mais evidente, inclusive para o autor do post.

Os tweets com o rótulo não serão acompanhados de anúncios e tampouco aparecerão em áreas como os feeds “Para você” e “Seguindo”, bem como em notificações recomendadas e resultados de busca. Os usuários que tiverem posts sinalizados da referida maneira poderão “apelar” da decisão, enviando feedback para a rede social, embora não haja garantia de resposta.

Conforme apontado pelo TechCrunch, a medida é direcionada a tweets específicos, sem que a conta que os publicar seja punida como um todo. Por mais que isso demonstre uma preocupação com punições excessivas, seria interessante pensar se faz mesmo sentido deixar alguém ficar publicando sucessivamente conteúdos odiosos e apenas rotulá-los para diminuir o alcance.

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De todo modo, o rótulo é uma maneira de a empresa lidar com o discurso de ódio na plataforma, um problema crescente e que não está sendo satisfatoriamente mitigado. Desde que a rede social foi comprada por Elon Musk, houve cortes em diversas áreas, como a de segurança, além da automatização de vários processos, o que resultou em prejuízos à moderação, algo que chegou a provocar uma debandada de anunciantes. Além disso, o bilionário sempre rejeitou a política de retirar conteúdos do ar.

Também foi divulgado que essa política de rótulos será expandida para outras áreas aplicáveis da rede. A diminuição do alcance de tweets com discurso de ódio já havia sido prometida por Musk, assim como uma maior transparência no caso de pessoas que recebem o chamado shadowban, que é quando a conta como um todo tem o alcance diminuído, o que atualmente ocorre de forma silenciosa.

Combate à discriminação de pessoas trans

Paradoxalmente, o Twitter também incorreu em uma medida que pode ser considerada um retrocesso. A Gay & Lesbian Alliance Against Defamation (Aliança Gay e Lésbica Contra Difamação, ou GLAAD) descobriu que a rede social retirou da sua política contra conduta de propagação de ódio a referência específica sobre menções a outros usuários com o gênero errado ou com “nome morto” (nome usado por uma pessoa trans antes da transição).

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De acordo com a organização, essa mudança na política ocorreu entre os dias 7 e 8 de abril; apenas a sentença que incluía explicitamente a proibição a essas práticas, que são duas das principais maneiras de se discriminar pessoas trans, foi excluída da seção “Insultos ou xingamentos”.

Apesar de as regras ainda proibirem violência contra pessoas em razão da identidade de gênero, é notável que a menção mais específica era mais estrita e protegia mais a referida parcela de usuários. As normas específicas também eram uma maneira de realizar uma certa conscientização em relação a se referir de maneira respeitosa a pessoas trans.

A GLAAD ainda lembrou que outras redes sociais, como Pinterest e TikTok, têm regras que proíbem de forma declarada as referidas práticas, algo que a Meta também declarou fazer. Dessa maneira, para a aliança, a decisão torna o Twitter ainda menos seguro não apenas para pessoas trans, mas também com outras identidades de gênero, considerando também o discurso de ódio presente nas redes.


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via TechCrunch

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