O presidente da Foxconn, Young Liu, disse que planeja dividir sua cadeia de produção em duas partes: uma delas atenderá o mercado da China, enquanto a outra será focada na fabricação para os Estados Unidos. As informações são da Bloomberg1Matéria fechada para assinantes..
Segundo Liu, “os dias da China como fábrica mundial acabaram”. Ele também mencionou o foco da Foxconn na criação de um “ecossistema de manufatura” na Índia, no sudeste da Ásia e nas Américas.
Mais precisamente, a gigante manufatureira agora opera 30% de sua capacidade fora da China — um aumento em relação à capacidade de junho, que era de 25%.
Essa movimentação se deve à disputa comercial entre a China e os EUA, que já rendeu pano pra manga para a gigante de Cupertino. Somado a isso estão, ainda, os efeitos da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19), os quais fizeram com que a produção de diversas fornecedoras fossem pausadas por semanas.
Embora dividir sua produção dessa forma não resolva todos os problemas da Apple com a produção de dispositivos na China, isso poderá ajudá-la a contornar os efeitos da guerra comercial entre as duas potências. A fabricação de iPhones especificamente para o mercado chinês também contribuirá para evitar situações como aquela envolvendo a China e a Índia (na qual componentes de iPhones foram barrados na fronteira indiana).
Vale notar que, em meados do ano passado, durante o auge da guerra comercial entre China e EUA, a Foxconn havia apontado que era capaz de produzir iPhones suficientes para o mercado americano fora do território chinês.
De lá pra cá, tanto a Apple quanto a fabricante investiram pesado na expansão das atividades fora da China, algo que ecoa também por outras parceiras da Maçã na fabricação dos seus dispositivos, como a Pegatron e a Wistron.
Notas de rodapé
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