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Facebook reclama da taxa da App Store, mas é um dos maiores beneficiados pela política da Apple

The New York Times
Facebook no iPhone

Muitos de vocês devem ter acompanhado, nas últimas semanas, o arranca-rabo entre Apple e Facebook, que (assim como diversos outros desenvolvedores) insistentemente vem reclamando da taxa de 30% em compras/assinaturas de apps distribuídos pela App Store e de alguns dos novos recursos anti-rastreamento do iOS 14.

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Fato, porém, é que a plataforma de Mark Zuckerberg é uma das mais beneficiadas pela política da Apple, como destacado por Oliver Reichenstein em uma nova publicação no blog do iA Writer.

De acordo com Reichenstein, dos dez aplicativos gratuitos mais baixados na App Store dos Estados Unidos, três são do Facebook (Instagram, Messenger e Facebook). Porém, nenhum deles paga a taxa da Apple ao venderem anúncios e/ou promoção de publicações para clientes. Nesse sentido, ele fez o seguinte questionamento:

Zuckerberg ganha bilhões de dólares vendendo seus anúncios gratuitamente. Por que ele está reclamando? O que aconteceu?

Como informamos, o Facebook veio a público após a Apple negar uma atualização do seu app principal que informava sobre a cobrança da taxa de 30% em uma novo recurso de compra interna. Em face a esse problema, Zuckerberg disse que a Apple “bloqueia a inovação” e “abusa de seu monopólio” para garantir lucro disso.

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Ele [Zuckerberg] não reclama porque se preocupa com a inovação. O que o preocupa é que a Apple está começando a taxar o Facebook.

O autor, entretanto, não ressalta apenas a “hipocrisia” do Facebook, como também questiona a Apple sobre a repetida fala da companhia de que “trata todos os desenvolvedores de maneira igual”, mas que na prática, sabemos que não é assim.

Mais precisamente, Reichenstein retomou o fato de o Facebook não pagar um centavo à Apple pela venda de publicidade dentro dos seus apps enquanto outros serviços, que também comercializam bens digitais, são taxados.

A Apple fica repetindo que as regras são as mesmas para todos, mas não são. Os dez principais aplicativos [da App Store] vendem produtos digitais e apenas dois deles pagam [taxa] à Apple: Netflix e Amazon, que encontraram uma saída para reduzir o imposto de 30%. Uma diferença entre os apps baseados em anúncios e aqueles que pagam à Apple é que os aplicativos pagos cobram dos consumidores. Aplicativos baseados em anúncios se alimentam da nossa privacidade e cobram as empresas por isso.

O motivo para essa diferença na aplicação das regras da Apple entre desenvolvedores seria, segundo Reichenstein, o fato de “ela precisar tanto desses apps quanto eles precisam dela”. Segundo ele, é difícil imaginar o uso do iPhone sem Facebook, YouTube, Messenger e Instagram.

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O iPhone seria um lugar melhor sem eles [Instagram, Messenger, Facebook], assim como o mundo seria um lugar melhor sem o Facebook. Mas, agora, a Apple ainda precisa do Facebook assim como o Facebook precisa da Apple.

Nesse sentido, ele argumentou que a Apple não pode ter as duas coisas: por um lado, alegar que todos os aplicativos e desenvolvedores são tratados da mesma forma e, por outro, apresentar um conjunto complexo de regras sujeitas a exceções quando bem entender.

A publicação completa aborda, ainda, a própria questão do monopólio da Apple e a tentativa da companhia de regulamentar a privacidade dos seus clientes, algo que, segundo ele, deveria ser estudado e implementado por governos.

O que vocês acham disso tudo?

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