O melhor pedaço da Maçã.

Jean-Louis Gassée aposta em headset de realidade virtual da Apple com foco em jogos

O produto seria o ladrilho inicial no caminho para o “Apple Glass”
Conceito do "Apple Glass"

Jean-Louis Gassée já não está na Apple há muito tempo (ele foi o chefe da divisão de Macs na empresa nos anos 1980 e saiu de lá em 1990), mas isso não impede o executivo de continuar dando pitacos nas operações e planos da Maçã: nos últimos meses, por exemplo, ele já falou (duas vezes) sobre o processo de transição da Apple para chips ARM.

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Pois, ontem, Gassée publicou um novo texto no seu blog Monday Note. Desta vez, o foco é outro: o “Apple Glass” — ou, mais especificamente, as ambições da Apple no campo dos dispositivos de realidade virtual/aumentada.

O executivo lembrou que os rumores de um dispositivo do tipo já correm soltos há alguns anos e fazem todo o sentido do mundo: um “Apple Glass” se encaixaria perfeitamente no segmento de vestíveis da Maçã, junto ao Apple Watch e aos AirPods. Entretanto, Gassée aposta que um aparelho do tipo seria bem diferente do que imaginamos — ao menos em suas versões iniciais.

Segundo ele, a Apple teria que superar vários desafios (de engenharia e até mesmo de costumes) para criar um par de óculos discreto, com uma tela que se sobrepusesse (e complementasse) à visão do usuário.

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Por isso, inicialmente, Gassée aposta em “Apple Goggles”, um dispositivo de realidade virtual focado em jogos e no Apple Arcade — isto é, um dispositivo a ser usado pelo usuário parado, de preferência confortavelmente sentado no seu quarto ou escritório.

Quando comecei a escrever este texto, eu achava que a versão AR (realidade aumentada) do “Apple Glass” seria a mais provável de se chegar ao mercado — sem data definida, mas ainda distante por conta dos desafios técnicos e das implicações sociais de uma câmera embutida. Bom de se ter, como muitos outros produtos tipo o suposto (porém nada realista) “Apple Car”, mas ainda não no horizonte.

Desde então, eu mudei de ideia. Headsets que cobrem sua cabeça e dependem do processamento de um computador (e de uma bateria) são mais prováveis, porque o formato deles deriva do tamanho e peso já geralmente aceito de dispositivos disponíveis comercialmente. Seu iPhone pode estar envolvido, mas apenas para funções colaterais como comunicar-se com o mundo exterior.

Os “Apple Goggles” acentuariam o envolvimento da marca com o mundo dos jogos, atualmente visto apenas no — aceitável, mas ordinário — Apple Arcade. Se a Apple conseguisse desplugar esses Goggles do computador, seria possível imaginar um futuro promissor para o Apple Arcade e seus desenvolvedores, além de um novo fluxo de receita para a empresa. Após lidar com os desafios relacionados à bateria, um chip Apple Silicon poderoso poderia ser utilizado para as tarefas de sensores e processamento de imagens, criando alucinações livres e de primeira linha. Um dispositivo de jogos que aparentemente fica dentro da sua cabeça.

Obviamente, a Maçã não pararia por aí: enquanto esses supostos “Apple Goggles” ganhariam mercado e começariam a acostumar os consumidores acerca desse novo paradigma, a empresa seguiria com o desenvolvimento do “Apple Glass”. Quando tudo estivesse superado (desafios de engenharia e aceitação social, principalmente), a empresa lançaria os óculos propriamente ditos, pensados para uso diário e constante.

As apostas de Gassée não são infundadas: rumores de um ano para cá indicam que os headsets da Maçã serão, de fato, lançados em duas fases — primeiramente com um dispositivo maior/mais pesado, pensado para utilização doméstica, e posteriormente com um aparelho menor e mais discreto, mais parecido com óculos comuns.

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Faz sentido, não?

via AppleInsider

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