“Oh, admirável mundo novo que tem tais habitantes!” O mercado de celulares não é mais o mesmo de cinco anos atrás… Não apenas os aparelhos à venda mudaram assustadoramente, se tornando úteis para coisas além de interromper reuniões e aporrinhar pessoas em salas de cinema, como também as empresas que fabricam e vendem estão numa espécie de dança das cadeiras em que gigantes que passaram tempo demais sentadas vêm sofrendo para voltar a se mover.
Dados de um levantamento da IMS Research apontam que 28% dos celulares vendidos em todo o mundo ao longo deste ano serão smartphones, num total de 420 milhões de unidades. Esse número deverá chegar a 1 bilhão de unidades em 2016, mais que dobrando a penetração de aparelhos inteligentes no mercado mundial de telefonia celular.
E quais serão as empresas a ocupar esse vasto espaço? Números do primeiro trimestre de 2011 apontam que as duas fabricantes com maior crescimento são Apple e Samsung, um claro sinal de que ambas têm potencial para dominar esse setor. Enquanto isso, Nokia e Research In Motion (RIM), outrora rainhas inabaláveis, estão vendo seus castelos ruírem sob a pressão dos novos tempos.
Tais dados, apesar de apontarem a tendência correta, já estão bem desatualizados: no segundo trimestre, a Nokia já foi ultrapassada pela Apple nas vendas de smartphones, enquanto a superioridade do Android como um todo a ultrapassou no começo do ano (vide o somatório de Samsung, HTC, Motorola e LG, no gráfico acima).
Se o futuro dos celulares são os smartphones, definitivamente a Nokia não parece desempenhar um grande papel nele — e até agora o Windows Phone 7 não deu sinais de que vai mudar isso.
[via BGR]