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Apple quer incentivo fiscal para levar produção de chips aos EUA

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Estamos a poucos dias da eleição presidencial nos Estados Unidos, mas isso não impede empresas de continuarem fazendo lobbying a fim de ajudar a colocar seus planos em prática.

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A Apple, vale notar, é uma das empresas do setor de tecnologia que menos investe em lobbying. No terceiro trimestre de 2020, por exemplo, ela desembolsou “apenas” US$1,56 milhão para esse fim, uma queda em relação ao mesmo período de 2019, quando investiu US$1,78 milhão.

Para termos uma ideia da discrepância se comparada a outras empresas, o Facebook investiu US$4,9 milhões, a Amazon US$4,41 milhões, o Google US$1,93 milhão, a Microsoft US$1,88 milhão e a Oracle, US$1,87 milhão — só para citar algumas. Se fizermos a relação investimento em lobbying vs. faturamento, então, aí a Apple investe infinitamente menos que essas companhias.

Pois bem. Parte desse US$1,56 milhão foi para tentar fazer com que o governo dos EUA dê incentivos fiscais para apoiar a produção doméstica de chips — indicando que a Apple está interessada em levar parte da sua cadeia de suprimentos para sua terra natal.

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Os processadores da Apple têm se tornado cada vez mais importantes no cenário tecnológico, sendo utilizados em todos os produtos da Maçã (iPhones, iPads, Apple Watches, Apple TVs e HomePods). Os Macs, únicos que estão fora da jogada por ainda utilizarem chips da Intel, vão muito em breve passar a utilizar também os chips criados pela Apple.

Ainda que seja responsável pela criação dos chips, a fabricação é terceirizada, sob a responsabilidade da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company. Muitos outros componentes também são criados pela Maçã e terceirizados para serem fabricados — a maioria deles, na China, o que acaba expondo a Maçã a taxas de importação e, consequentemente, à guerra comercial que ainda está acontecendo entre os EUA e a China. Até mesmo Taiwan (onde a TSMC opera) também se tornou um foco crescente de tensão geopolítica.

No início do ano, a TSMC afirmou que construiria uma fábrica de chips de US$12 bilhões no Arizona, e a empresa tem feito lobby junto aos funcionários de lá para conseguir incentivos fiscais. Atualmente, pensando em produtos em si, apenas o Mac Pro é fabricado nos EUA. Já em componentes, a Apple utiliza alguns de empresas terceiras que são criados e fabricados no país, como da Broadcom, da Texas Instruments e da Qualcomm.

via Bloomberg, iMore

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