A briga entre Apple e Epic Games está longe de terminar — o julgamento está marcado para maio de 2021. Ainda assim, temos uma nova etapa do processo na qual a Epic disparou contra a Apple, afirmando que empresa “não tem direito sobre os frutos” do seu trabalho — pegaram o trocadilho? A mensagem que a empresa quer passar é clara: que a Apple não tem direito de cobrar 30% de taxa na sua loja online.
A criadora do jogo Fortnite também afirmou que suas ações estão muito longe da “conduta tortuosa” ou mesmo supostamente criminosa que a Apple descreve no processo, dizendo que não roubou nada da Maçã — em uma das etapas dessa disputa, a empresa comandada por Tim Cook chamou a Epic de “larápia”, dizendo que evitar o sistema de pagamentos da App Store é o mesmo que entrar numa loja física da Apple, pegar um produto e sair sem pagar.
A Epic disse ainda que não pode “roubar” a receita das vendas provenientes de seus próprios esforços criativos.
As repetidas afirmações de roubo da Apple se resumem à afirmação extraordinária de que a coleta de pagamentos da Epic pelos jogadores do jogo da Epic para apreciar o trabalho de artistas, designers e engenheiros da Epic, é a apropriação de algo que pertence à Apple.
Aparentemente, a Epic simplesmente desconsidera todo e qualquer esforço da Apple em criar e manter uma loja como a App Store. Como sempre falamos a respeito desse assunto, ela tem todo o direito de questionar no tribunal se os 30% cobrados pela Apple são razoáveis/justos ou se são abusivos. Agora, implementar um sistema próprio de pagamento no seu jogo (algo que vai contra os termos da App Store, ou seja, ferir o contrato que firmou com a Apple) e achar que não está fazendo nada de errado… aí a história realmente muda.
Veremos no que toda essa alegação vai dar.
via The Verge