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Resenha: MacBook Pro 17 pol. Core 2 Duo

Meu oitavo Mac foi adquirido em dezembro passado e é um MacBook Pro 17″ Core 2 Duo, modelo topo-de-linha da atual manada de laptops profissionais da Apple. O bichano possui um chip Intel Core 2 Duo de 2.33GHz, display com resolução de 1680×1050 pixels, já vem de fábrica com 2GB de RAM, HD de 160GB, um SuperDrive double-layer 8x e uma placa gráfica ATI Mobility Radeon X1600 com 256MB de SDRAM. É o conjunto dos sonhos em um computador portátil.

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MacBook Pro 17" Core 2 Duo (4/26)

De onde vim, pra onde vou

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Até a chegada do MacBook Pro eu era um felizardo dono de um iMac G5 2GHz 20″, que só optei por trocar pela minha imensa necessidade de um laptop. Antes do iMac, já tive dois Macs portáteis, um PowerBook G3 Pismo e um PowerBook G4 Aluminum. Quando comprei o Pismo, prometi para mim mesmo que nunca mais teria um computador de mesa, tendo descoberto as maravilhas e a liberdade que é se ter um laptop.

Porém, no momento em que decidi trocar o meu Aluminum, a relação custo/benefício dos Macs de mesa, na época, era infinitamente superior às dos portáteis. Isso porque a Apple ainda estava presa na linha de processadores PowerPC, e não conseguia, por impossibilidades técnicas, colocar um G5 dentro de um PowerBook.

Desta maneira, abriu-se um gap de performance imenso entre os desktops e laptops, o que fez a balança pesar muito para o lado do iMac, na época, e acabei me rendendo novamente às amarras de um computador de mesa.

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Mais tarde, descobri que realmente não era a minha e, para a minha felicidade, hoje esse gap não existe mais, pós transição para processadores Intel.

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (23/26)

O primeiro grande baque quando olha-se o que eu tinha com o que tenho, com certeza, é o tamanho da tela. Não há quem use um grande monitor, que se acostume a usá-lo, e depois se sinta bem usando um computador com tela pequenininha, como se nada interferisse no trabalho.

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Felizmente, apesar de 3 polegadas menor, a tela do MacBook Pro possui a mesma resolução da tela do meu antigo iMac, o que não mudou em nada a minha área útil de trabalho no Mac. A única diferença é que tudo ficou um tanto menor, mas isso não me atrapalha e, pra falar a verdade, acho até melhor.

Depois de uns 3 ou 4 dias usando o MBP direto, liguei o iMac para arrumá-lo para venda e achei muito estranho o tamanho das coisas na tela; achei, de certa forma, exagerado. Claro, se o MBP utiliza hoje em uma tela de 17″ a mesma resolução do antigo iMac de 20″, é de se esperar que eles, futuramente, passem a oferecer resoluções maiores do que 1680×1050 pixels. Muitos, como eu, não só não irão se incomodar, como irão adorar a novidade.

Mas o real e único ponto negativo da minha troca foi, na verdade, o tamanho do HD. No iMac, eu tinha bons 250GB pra armazenar as minhas tralhas que — pasmem!, no momento da compra do MBP, só tinha 30GB livres. O MBP, por sua vez, como já falei, só tem 160GB de espaço interno. Ou seja: problema.

Se livrar de besteiras é a primeira coisa que nos vêm à cabeça e, claro, foi o que fiz, mas não consegui liberar tanto espaço assim. A solução foi comprar um tubo de 25 DVDs-R e começar o incêndio.

Consegui me organizar e liberar o espaço que precisava para fazer a migração dos dados do iMac para o MBP mas, ainda assim, 160GB é pouco para mim nos dias de hoje. Acabo de abrir o Finder e estou com apenas 7GB livres, o que não é nada legal. Recomenda-se ter sempre, pelo menos, 10% de espaço livre em disco, para evitar problemas. Isso significa que eu devia estar com 16GB livres, no mínimo. Hm. Preciso logo de um belo HD externo; alguém disposto a subsidiar essa compra? 🙂

Apple Remote

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (7/26)O primeiro ítem da caixa do MBP que eu até então não conhecia é o Apple Remote. Agora presente em toda a linha de computadores da Apple, o controle é bem leve, pequeno e bonito — lembra a primeira geração de iPods shuffle.

O botão “Menu” leva o usuário, de onde estiver, para dentro do Front Row. A navegação é muito simples e ouvir músicas por ele é como transformar o seu Mac em um iPod gigante, muito legal.

Mas o interessante mesmo é que o controle funciona com uma série de programas — vários desenvolvidos pela própria Apple, mas outra penca de softwares de terceiros já adquiriram suporte com o Apple Remote, como por exemplo o VLC — sem a necessidade de entrar no ambiente Front Row. No Keynote, por exemplo, é possível avançar e retroceder slides; com o iTunes aberto você pode controlar o volume, avançar e retroceder faixas, pausar ou reproduzir; e assim por diante.

Em outras palavras, dei adeus ao Salling Clicker, que usava no iMac junto com o meu antigo Nokia 3660.

Yes, eu tenho iSight!

Abrindo o MBP pela primeira vez me deparo com outra belezinha que me fazia falta nos tempos o do iMac: uma iSight! A bichinha é quase imperceptível, mas mais imperceptível que ela é a luzinha verde que se acende à sua direita: quando ela está desligada, não dá para ver que ela existe — este site explica direitinho como que ela funciona.

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (17/26)

A qualidade da câmera é maravilhosa e é muito bom poder brincar com amigos no iChat e via Skype. Outro programinha muito bem-vindo é o Photo Booth, que já rendeu boas risadas por aqui.

Joga tudo de lá pra cá

Se a Apple optou por deixar nas mãos de uma outra empresa a responsabilidade de criar uma solução para facilitar a migração de dados de PCs para Macs, não podemos dizer a mesma coisa quando se trata de Macs para Macs. Se você é um feliz comprador de um novo Mac e já é usuário de Macs, deve conhecer a facilidade que é transferir dados, configurações e aplicativos para sua nova máquininha.

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (20/26)

O Migration Assistant é o responsável por toda a tarefa, que só requer alguns cliques por parte do usuário. O processo é realizado através da interface FireWire e, quando finalizado, permite que você continue seu trabalho de onde parou no Mac novo — tente algo parecido no mundo Windows!

Performance

Antes do iMac G5 2GHz eu brincava com um PowerBook G4 1.5GHz. Na época que comprei o iMac, imaginei que sentiria um salto de performance grande entre as duas máquinas, mas que não ocorreu. Claro que houve grande melhora de performance de um para o outro, mas na época achei que ele seria maior.

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (22/26)

Não posso dizer o mesmo do salto que obtive do G5 2GHz para o meu atual Core 2 Duo de 2.33GHz. O bichano voa, é uma delícia trabalhar nele — ainda mais com 2GB de RAM de fábrica (no iMac eu tinha 1.5GB). Claro, falo sobre programas binários universais; quando se trabalha com aplicativos ainda não universais, como o Photoshop CS2, a coisa encrenca, já que depende-se do Rosetta. O poder de processamento do MBP compensa, mas ainda assim meu iMac roda melhor os programas não-nativos sobre plataforma Intel.

Windows no Mac

Por mais estranho que isso possa parecer, é bom poder rodar o Windows no Mac sem muita perda de performance. Entre as soluções disponíveis no mercado, optei pelo Parallels Desktop, que oferece uma grande gama de recursos, está com desenvolvimento super acelerado e roda sobre o Mac OS X, ou seja, eu não preciso reiniciar o Mac para rodar o Windows, como a solução criada pela Apple, o Boot Camp.

Evidentemente, pelo fato de se rodar dois sistemas operacionais simultaneamente, há perda de performance, mas isso não me afeta muito, já que minhas necessidades no mundo Windows são bem básicas, como testar sites no Internet Explorer e baixar algumas coisinhas. 😉 E olha que eu sou bem abusado: há uns 2 dias estava rodando, ao mesmo tempo, o Quicksilver, Firefox, Mail, Adium, Skype, iTunes, Photoshop CS2, TextEdit e mais o Parallels com Windows XP. Calma, não se assustem: a máquina estava bem lenta.

Teclado e sensor de luz ambiente

Já tinha esquecido como que é gostoso digitar em laptops da Apple. Claro, o Apple Keyboard que acompanha os iMacs é também maravilhoso, mas nada como o compacto e macio teclado dos MacBooks. De início senti um pouco a falta do delete reverso, mas nada que alguns dias de uso mais mecânico não tenham me ajudado a me acostumar com a nova combinação fn + delete.

MacBook Pro 17" Core 2 Duo (18/26)

Tive alguns probleminhas, porém, com o sensor de luz ambiente do MBP. Esse sensor fica localizado ao lado do teclado, provavelmente no meio das saídas de som do computador; talvez pela posição que trabalho aqui no meu quarto e o ângulo de entrada da luz ambiente, ocorria que toda hora a minha mão cobria o sensor e fazia com que o display diminuísse de brilho sem necessidade — algo que, repetitivamente, é bem irritante. Tive que, portanto, desligar esse recurso e fazer o ajuste do brilho manualmente, de acordo com minha necessidade. Não é nada muito frustrante pra mim, ainda bem, já que na grande parte do tempo uso o display com o brilho em 100%.

Conclusão

A transição para processadores Intel veio em boa hora e o conjunto da atual linha de MacBooks Pro da Apple está imbatível. Por mais lindos que sejam, porém, acho que o form-factor de hoje ainda é bastante parecido com os dos primeiros PowerBooks G4 Titanium, de 5 anos atrás. Meu palpite é que está na hora de uma bela mudança no design dos MacBooks Pro.

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