O melhor pedaço da Maçã.
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Privacidade - Apple

Apple reforça compromisso com privacidade/recursos do iOS 14

A Maçã não vai ceder à pressão, pelo visto

Ontem, falamos aqui sobre o alerta de Craig Federighi, vice-presidente sênior de engenharia de software da Apple, sobre um possível banimento de aplicativos e desenvolvedores que se ponham contra as novas regras de privacidade e anti-rastreamento da empresa. Hoje mais cedo, cobrimos também a resposta contrariada do WhatsApp sobre o assunto.

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O fato é que nem as críticas constantes de uma das maiores gigantes do ramo (o Facebook) está fazendo a Apple voltar atrás na sua decisão — basta ver que Federighi reforçou o compromisso da Maçã com a privacidade do usuário em sua fala na Conferência Europeia de Privacidade e Proteção de Dados.

YouTube video

A apresentação do executivo, que pode ser conferida a partir dos 49 minutos no video acima, concentrou-se nos quatro princípios de privacidade defendidos pela Apple, já explicados por Tim Cook e pelo próprio Federighi em outras oportunidades:

  • A minimização de dados, ou seja, o ato de coletar o mínimo possível de dados necessários do usuário para que um determinado recurso ou serviço funcione;
  • O processamento desses dados apenas localmente, no próprio dispositivo, sempre que possível;
  • A transparência sobre a coleta desses dados (quais foram capturados e como/para quê eles foram usados);
  • E a segurança do hardware/software que protege esses dados e impede que eles caiam em mãos erradas.

Federighi reforçou também os novos recursos de privacidade do iOS/iPadOS 14, que — após um adiamento de alguns meses — passarão a valer no início de 2021, e que aplicativos que não obedeçam às novas regras poderão ser banidos do ecossistema da Maçã.

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Nosso objetivo é dar aos usuários o poder de decidir se eles querem permitir que um app os rastreie de uma forma que possa ser compartilhada entre apps ou websites de outras empresas. Para isso, a partir do início do ano que vem, nós obrigaremos todos os aplicativos que queiram fazer isso obtenham permissão explícita do usuário; desenvolvedores que não atendam às exigências poderão ter seus aplicativos removidos da App Store.

O executivo lembrou que a Apple foi uma das primeiras gigantes tecnológicas a implementar criptografia de ponta a ponta em serviços de comunicação, como o iMessage e o FaceTime, estabelecendo basicamente um padrão para as suas concorrentes. Ele também lembrou de alguns dos recursos de privacidade adicionados aos seus sistemas operacionais e ao Safari nos últimos anos, como o indicador de atividade da câmera/microfone, a localização aproximada e o inibidor de rastreadores na web.

Sobre as críticas do Facebook e de outras empresas que dependem de anúncios para sobreviver, Federighi afirmou que será necessário um período de adaptação, mas elas deverão sobreviver:

Obviamente, alguns anunciantes e empresas de tecnologia prefeririam que o ATT [App Tracking Transparency] nunca fosse implementado. Quando o rastreamento invasivo é o seu modelo de negócios, você tende a não gostar muito de transparência e escolha do consumidor. Assim como o ITP [Intelligent Tracking Prevention, do Safari], alguns nomes da indústria de anúncios estão fazendo lobby contra nossos esforços, afirmando que o ATT afetará drasticamente as empresas que operam com anúncios. Mas nós acreditamos que a indústria se adaptará, como fez anteriormente — oferecendo anúncios efetivos, mas desta vez sem um rastreamento invasivo. Acertar os ponteiros nesse assunto vai levar tempo e exigir muita colaboração e conversa, além de uma verdadeira parceria entre todo o ecossistema tecnológico, mas nós acreditamos que o resultado será transformador.

Muito bem, então — torçamos por isso!

via 9to5Mac

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