Faltando apenas dois dias para a reunião anual de acionistas da Apple (a qual não deverá contar com a presença de Steve Jobs), o blog Financial Alchemist traz alguns números e estatísticas que devem dar um bom conforto para quem investe na companhia.
Só para você ter uma ideia, o arrendamento de dinheiro da Apple vem crescendo a uma taxa anual de 50% (ano após ano) ou mais todo trimestre, nos últimos dois anos. De 2006 para 2008, o saldo da conta da Maçã cresceu de US$12 para US$28 bilhões. Este dado dá um peso muito forte para expectativas de investimento de uma empresa — muito mais até do que a sua receita bruta anual.
Um dado bastante interessante nessa história toda é que o padrão convencional para avaliar uma ação — ganhos por ação (earnings per share, ou EPS) — captura apenas uma pequena fração dos ganhos que a Apple está obtendo com as vendas de iPhones.
A própria diretoria da empresa já apontou isso mais de uma vez para os analistas: a Apple não reconhece a renda de vendas do iPhone no trimestre em que é coletada. Ao invés disso, através de uma contabilidade por assinaturas, os ganhos são distribuídos por oito trimestres — o que equivale a uma duração normal de contrato do iPhone.
Nada é perdido para a Apple, apenas a forma de apresentar e revelar os números é que muda, e por isso muitos não estão avaliando corretamente o impacto de uma entrada massiva de dólares nos caixas da empresa. “A vantagem competitiva da Apple a longo prazo e poder dos ganhos estão sendo ignorados”, diz Turley Muller, do Financial Alchemist. “Eventualmente, quando a economia mostrar sinais de recuperação e investidores se sentirem confortáveis com a posse de ações, a AAPL subirá muito, mas muito mesmo.”
O que a Apple pode fazer com tudo isso é completamente imprevisível. Da Dell e Sony à GM e Ford, a firma de Cupertino tem hoje dinheiro suficiente para comprá-las e ainda sobrar uma boa grana no banco para futuras aquisições. O que será que os executivos da Maçã estão planejando?
