A vida não está fácil para as concorrentes da Apple, sejam elas do segmento de smartphones ou de PCs. A “questionada” da vez é a Hewlett-Packard, a qual apresentou seu mais novo ultrabook em Xangai (na China), intitulado ENVY Spectre XT. Adoro esses nomes!
Para muitos, o design lembra bastante o do MacBook Air, por isso, durante a sessão de perguntas e respostas do evento, um jornalista perguntou a Stacy Wolff, vice-presidente de design industrial da HP, se a empresa temia um processo da Apple. Abaixo, a resposta do executivo:
Gostaria de voltar ao TC1000 [uma tablet PC] de cerca de dez anos, e isso é uma tablet. Eu acho que, se você olhar para o novo Spectre XT, há semelhanças de forma, não devido à Apple, mas devido à forma como as tecnologias são desenvolvidas. A Apple pode gostar de achar que ela é dona de tudo, mas não é. De modo algum a HP tentou imitar Apple. Na vida há muitas semelhanças.
Wolff disse que o design do portátil foi desenvolvido baseado em centros de estudos localizados em mais de 11 cidades. O pessoal do Engadget não ficou satisfeito apenas com esse resposta, e resolveu fazer mais perguntas ao executivo. Para ele, as máquinas têm tantas diferenças (revestimento de borracha na parte de baixo, uso de magnésio, aparência de aço escovado, teclado diferente, áudio componente, etc.) quanto similaridades (em um nível macro). “Não é porque esses caras [Apple] fizeram primeiro; é porque essa é a forma [design] para onde o mercado está caminhando.”
Concordo, Wolff, é exatamente para esse design que o mercado está caminhando. Contudo, a Apple foi quem o desenvolveu e o introduziu em 2008, ao lançar o MacBook Air. E não estou me referindo ao uso de material prateado, teclado preto — até porque, segundo o executivo, a HP já fez notebooks assim antes da Apple —, e sim da forma geral do produto.
No mais, outra frase de Wolff me chamou a atenção: “Eu acho que a grande coisa é que nós estamos fazendo o que é certo para os clientes […]”. Eu comentei essa história de quem copia quem no mercado de tecnologia, e vejo um pouco as coisas dessa forma. O mercado está pedindo por máquinas como o MacBook Air, cabe as fabricantes de PCs conseguirem fazer ultrabooks que antendam essa demanda. Todavia, isso comprova que o MBA já era, em 2008, o futuro dos notebooks.