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Mulher saudita usando iPhone

Tim Cook afirma que analisará app saudita que rastreia mulheres [atualizado: Google também]

Na semana passada, comentamos que algumas organizações não-governamentais cobraram da Apple e do Google uma atitude acerca do Absher, um app do governo da Arábia Saudita que permite rastrear e definir uma série de outras permissões/restrições às mulheres sauditas.

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Após dias de silêncio de ambas as companhias sobre o assunto, o CEO1Chief executive officer, ou diretor executivo. da Apple, Tim Cook, foi questionado sobre a polêmica durante uma entrevista para a NPR, na qual ele contou que não estava ciente do caso mas que a Apple iria, obviamente, analisar a questão.

Além da grande repercussão na mídia, o senador americano Ron Wyden, do Oregon, enviou uma carta para Cook e para o CEO do Google, Sundar Pichai, pedindo que eles retirassem o app das suas respectivas lojas de aplicativos.

Na carta, Wyden afirmou que não é nenhuma novidade que a monarquia saudita “tente restringir e reprimir as mulheres, mas empresas americanas não deveriam permitir ou facilitar o patriarcado desse governo”.

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Ao permitir o aplicativo em suas respectivas lojas, suas empresas estão facilitando para os homens sauditas controlarem seus familiares a partir da conveniência de seus smartphones e restringir seus movimentos. Isso vai contra o tipo de sociedade que ambos afirmam apoiar e defender.

Enquanto o senador defendeu a remoção do software das lojas de aplicativos da Apple e do Google, as ONGs de direitos humanos solicitaram que essas empresas avaliassem apenas o recurso de rastreamento, já que o mesmo app também oferece outros recursos — alguns inócuos, como pagar multas de estacionamento, etc.

Segundo dados do Ministério do Interior da Arábia Saudita, as plataformas da Absher (que oferece serviços para indivíduos e empresas) têm mais de 11 milhões de usuários. O relatório original, divulgado pelo Insider, informou que esse sistema de rastreio existe há anos mas que só repercutiu recentemente, após a divulgação da história da refugiada saudita Rahaf Mohammed, de 18 anos.

via AppleInsider, 9to5Mac

Atualização 14/02/2019 às 13:45

Após a Apple confirmar que analisará o polêmico aplicativo saudita, o Google também se juntou à gigante de Cupertino e prometeu investigar se os recursos de “espionagem” (ou melhor, de restrição) de mulheres da plataforma da Absher infringem suas políticas, como informou um porta-voz da empresa para o The New York Times.

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Resta-nos, agora, aguardar pelo parecer das companhias sobre o software do governo saudita e quais serão as medidas tomadas caso haja violação dessas políticas.

via Cult of Mac

Notas de rodapé

  • 1
    Chief executive officer, ou diretor executivo.

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