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Em nova entrevista, Jony Ive fala sobre a sua infância, o iPhone X e a necessidade de aprender com os próprios erros

O designer (já nem tão) favorito de todo mundo, Jonathan Ive, tem estado numa vibe deveras falante ultimamente, com entrevistas dadas a torto e a direito a vários veículos de comunicação dos Estados Unidos afora.

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Muitas delas acabam se repetindo — até porque nem o homem mais interessante do mundo teria assunto para falar coisas relevantes e inéditas toda vez que abre a boca —, mas às vezes uma declaração ou outra chama a atenção do mundo tecnológico. Afinal, de qualquer forma, estamos falando de uma das figuras mais influentes do design e do Vale do Silício, não é mesmo?

Jonathan Ive para a Smithsonian Magazine

Recentemente, Ive concedeu uma entrevista à Smithsonian Magazine falando sobre alguns assuntos em voga — como o Apple Watch Series 3 e o iPhone X —, bem como outros pontos importantes da sua formação como profissional.

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Inicialmente, Ive contou uma das experiências que o levaram a ser o designer-chefe de uma das maiores empresas do mundo: quando criança, seu pai, um ourives e professor de design e tecnologia, lhe presenteou com um acordo:

Se eu passasse um tempo determinando o que eu queria fazer e desenvolvendo a ideia em desenhos, ele me daria uma parte do tempo dele e, juntos, nós iríamos aos workshops da universidade para completá-la. Dos dias mais distantes que eu me lembro, eu já amava desenhar e fazer coisas.

Esta semente fez com que Ive passasse a se importar não só com o aspecto estético do produto, mas também em ter uma preocupação profunda com os materiais:

Eu acho que você só entende de verdade um material — suas propriedades e seus atributos e, mais importante ainda, a oportunidade que ele oferece — se você realmente trabalha com ele. E a parte mais memorável de todo o processo é quando você faz o primeiro modelo. Nós podemos gostar, podemos não gostar, mas no primeiro modelo que você faz, tudo muda.

O designer ainda fez uma comparação entre o iPhone X (que o próprio não se cansa de repetir que é o mais próximo da sua visão do smartphone perfeito até o momento) e o iPhone 7 Plus, ambos presentes na mesa em que se sentou com o jornalista para a conversa. Segundo Ive, o 7 Plus parece, em comparação com o novo aparelho, “um componente deveras desconectado e alojado numa carcaça”. Palavras sinceras, inegavelmente.

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Por fim, em mais um (raro) momento de absoluta franqueza, o designer admitiu que nem sempre está certo. O assunto foi o Apple Watch Series 3: de acordo com Ive, a Apple passou anos negando o principal potencial do produto — de ser um monitor de atividades físicas e um produto dedicado à saúde do usuário. “Nós não acertamos o tempo todo. Como designers, nós temos que aprender constantemente.”

A entrevista completa de Ive, bem como um vídeo complementar da conversa, pode ser lida (em inglês) neste link.

via MacRumors

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