Há um bom tempo já não se falava da controvérsia cercando os casos de envenenamento de funcionários da Wintek por n-hexano, mas uma reportagem do Foreign Policy trouxe mais uma vez essa história à tona: segundo um dos 137 empregados que sofreram com o produto tóxico usado para limpar telas de iPhones, após as primeiras etapas do tratamento terem sido financiadas pela companhia, houve pressão para os funcionários se desligarem e isentarem a Wintek de futuras despesas médicas.
Isso seria ruim o bastante se as pessoas saíssem plenamente curadas, mas a coisa nem mesmo chegou a tal ponto. Com sequelas que vão desde suor constante nas mãos até tonturas e dormência nas pernas, um dos ex-empregados da Wintek hoje precisa pagar pelo tratamento do próprio bolso — e, para agravar a situação, sua condição de saúde diminui as chances de conseguir um novo emprego.
Atualmente não se usa mais n-hexano nas linhas de produção de iPhones, mas, em seu último relatório de responsabilidade com fornecedores, a Apple prometeu que monitoraria o tratamento das pessoas que foram prejudicadas até que elas estivessem plenamente recuperadas. Se as graves acusações feitas por esta reportagem forem concretas, então tal promessa não parece ter sido cumprida a contento.
[via iPodNN]