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Pesquisas mostram que tempo gasto em aplicativos está estagnando, mas os downloads e receita continuam nas alturas

App Store em iPad e iPhone

Outro dia, comentamos aqui que a App Store — e somente ela — estava superando a indústria cinematográfica global em termos de receita bruta, o que foi, para mim, uma surpresa e tanto. Hoje, uma pesquisa vem confirmar essa tendência de sucesso absoluto das lojas de aplicativos, enquanto outra vem mostrar que talvez estejamos chegando no cume dessa montanha particularmente íngreme.

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A App Annie liberou um relatório com algumas revelações interessantes: por exemplo, a Índia passou os Estados Unidos e tornou-se o segundo país com maior número de downloads de apps no geral, atrás apenas da velha líder China. No total, consumidores baixaram aplicativos 175 bilhões de vezes(!) ao longo de 2017 e gastaram com eles cerca de US$86 bilhões, com o maior crescimento vindo de países emergentes — sim, Brasil entre eles.

Pesquisa da App Annie sobre lojas de aplicativos, quarto trimestre de 2017

É bom notar que, recentemente, a Sensor Tower fez um levantamento parecido com este da App Annie, mas com números ligeiramente divergentes; isso explica-se pelo fato de que essa segunda leva em conta lojas de aplicativos de terceiros do Android e não só o Google Play, o que faz uma diferença e tanto em países como a China.

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O relatório traz também uma média de aplicativos instalados nos smartphones e quais deles são efetivamente usados, separada por país. Como dá para ver, estamos no pódio (o que pode ser bom ou ruim, dependendo de como você pense):

Pesquisa da App Annie sobre lojas de aplicativos, quarto trimestre de 2017

Em termos de dinheiro total gasto pelos consumidores por país, a China ainda lidera com folga enquanto os EUA isolam-se no segundo lugar. É interessante notar o Brasil em quarto, acima da Rússia — o que revela nossa disposição para gastar dinheiro em ambientes virtuais.

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A segunda pesquisa do dia vem da Flurry Analytics, e traz um dado revelador: o crescimento do tempo que passamos usando aplicativos está diminuindo ano a ano, e pode chegar a zero num futuro próximo. Ao longo de 2017, usuários de smartphones passaram uma média de cinco horas por dia utilizando os aparelhos e seus aplicativos, o que representa um salto de 6% em relação ao ano retrasado.

Entre 2015 e 2016, entretanto, essa subida foi de 11%, e nas comparações anteriores foi maior ainda — ou seja, estamos vendo uma queda acentuada aqui.

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As razões são naturais: o “boom” dos smartphones e dos aplicativos já passou, e agora as pessoas estão passando a se adaptar à vida com eles e deixá-los de lado nos momentos certos. Para os desenvolvedores, é bom ter isso em mente e começar a pensar em modelos de negócios que beneficiem-se não pelo tempo de tela em que o app está ativo, e sim outros parâmetros que não dependam desse tipo de interação direta.

A Flurry faz uma distinção entre os tipos de aplicativos e o crescimento ou declínio no uso de cada um deles na comparação ano-a-ano, mostrando que os apps de compras, música/mídia/entretenimento e negócios/finanças são os que mais cresceram, enquanto os de estilo de vida e (surpreendentemente) os jogos foram os que mais perderam espaço na cabeça — e nos dedos — dos consumidores:

Pesquisa da Flurry sobre lojas de aplicativos, quarto trimestre de 2017

Por fim, a firma também lista — com base nas suas próprias análises de dispositivos ativos — as fatias de mercado de cada fabricante de smartphone mundialmente, colocando a Apple em primeiro lugar (embora com uma queda entre 2016 e 2017) e a Samsung, estável, em segundo. As chinesas Huawei, Xiaomi e OPPO vêm em sequência, seguidas por LG, Motorola, Vivo, Sony e Lenovo.

Pesquisa da Flurry sobre lojas de aplicativos, quarto trimestre de 2017

Vamos ver, agora, o que esses dados dirão ao final do ano que iniciamos. Apostas?

via TechCrunch: 1, 2

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