O melhor pedaço da Maçã.
Assassinos da Lua das Flores

Scorsese e Gladstone foram esnobados pelo BAFTA, mas o Oscar ainda está à vista

Pois é, pessoal: a temporada de premiações está girando a todo vapor e é inevitável que a montanha-russa de reviravoltas trazida por cada cerimônia (e por cada anúncio de indicações, naturalmente) gere novas análises. Favoritos perdem seu favoritismo, zebras ascendem aparentemente de lugar nenhum, vitórias certas acabam sendo esnobadas… essa é a maravilha da award season e é por isso que teremos mais alguns artigos sobre ela até o Oscar, lá em 10 de março.

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Este ano, o grande foco do Apple TV+ na temporada de premiações é, sem dúvidas, “Assassinos da Lua das Flores” (“Killers of the Flower Moon”) — que, como eu escrevi na última coluna sobre este assunto, é um dos favoritos do ano e já faturou alguns prêmios importantes. Mas as indicações do BAFTA, considerado o “Oscar britânico” e um dos troféus mais cobiçados da indústria, colocaram alguns pontos de interrogação na conversa.

Sim, “Killers” está entre os filmes mais indicados da premiação, com 9 concorrentes — apenas “Oppenheimer” (13) e “Pobres Criaturas” (11) têm mais indicações, enquanto o filme da Maçã empatou com “A Zona de Interesse” na terceira colocação. Além disso, a produção conquistou nomeações em algumas das categorias mais importantes, como Melhor Filme e Melhor Ator Coadjuvante, para Robert De Niro. Mas duas omissões chegam a assustar: nem Lily Gladstone, na categoria de Melhor Atriz, nem Martin Scorsese, como Melhor Diretor, foram indicados ao BAFTA.

As esnobadas chamam a atenção porque tanto Gladstone quanto Scorsese estão, digamos assim, no Top 2 das suas categorias desde o início da temporada: o cineasta tem consistentemente perdido para Christopher Nolan (de “Oppenheimer”) nos troféus de direção, enquanto Gladstone tem uma fortíssima concorrente em Emma Stone (de “Pobres Criaturas”): ambas ganharam o Globo de Ouro de Melhor Atriz (Gladstone em Drama; Stone em Comédia ou Musical), mas Stone faturou o Critics Choice Awards em cima da sua principal concorrente. Considerando tudo isso, o fato de o diretor e da atriz principal de “Killers” sequer figurarem entre os seis indicados ao BAFTA é, no mínimo, preocupante.

O BAFTA é um universo à parte

Ainda assim, não é o caso de acender um sinal de alerta em Cupertino. É bom notar que o BAFTA é muito diferente do Oscar — aliás, os britânicos se orgulham em ter uma premiação meio diferentona, que prioriza artistas do Reino Unido e frequentemente indica algumas figuras que sequer estavam na conversa geral da temporada.

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Tanto é que, nos últimos anos, a Academia Britânica de Artes do Cinema e da Televisão tem implementado uma série de mudanças no seu sistema de votação — a maioria delas pensada para estimular a diversidade, uma vez que o estopim das transformações ocorreu em 2020, após uma lista de indicados quase exclusivamente branca e (nas categorias sem distinção de gênero) masculina.

Explico: de 2021 em diante, além da consideração do corpo votante em si, as categorias de atuação e direção também passam por um pequeno júri especializado, de 7 a 12 pessoas, antes de serem fechadas. As mudanças, aliás, geraram uma lista de indicados completamente fora da casinha — por exemplo, as indicadas em Melhor Atriz daquele ano não tiveram nenhum nome em comum entre o BAFTA e o Oscar.

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Nota: imagino eu que ninguém por aqui tenha lá muito interesse em destrinchar tintim por tintim as — extremamente complexas — regras de votação do BAFTA. Mas, se tiver, aqui está um bom resumo.

Todos esses parágrafos acima serviram para dizer que não, nada está perdido para Scorsese e Gladstone — ambos, aliás, continuam em excelentes posições no Goldderby, o site que reúne as previsões de especialistas e aficionados da temporada de premiações. O cineasta continua no segundo lugar geral das predições (atrás de Nolan), enquanto a atriz, após a derrota no Critics Choice e a esnobada do BAFTA, perdeu a liderança para Stone.

Vale notar, aliás, que Leonardo DiCaprio também não foi indicado ao BAFTA — mas, neste caso, a falta não é tão sentida assim, uma vez que a corrida parece estar se desenhando como uma disputa entre Cillian Murphy (de “Oppenheimer”) e Paul Giamatti (de “Os Rejeitados”), com Bradley Cooper (de “Maestro”) correndo por fora.

…e “Napoleão”?

Venho por meio desta lembrar que “Assassinos da Lua das Flores” não é a única produção cinematográfica de alto calibre lançada pela Apple em 2023 — temos também um tal de “Napoleão”, de um tal de Ridley Scott e estrelado por um tal de Joaquin Phoenix, na corrida.

Ainda assim, é bem verdade que o épico histórico baseado na vida do imperador francês não tem sido lá tão lembrado pelas associações. Por isso, é improvável que “Napoleão” figure entre as categorias principais do Oscar ou das outras principais premiações; por outro lado, é bem provável que o filme arranque algumas indicações em categorias técnicas, como Efeitos Visuais, Fotografia, Som e Figurino.

Fiquemos de olho!

A quem interessar possa, as indicações ao Oscar serão anunciadas na próxima terça-feira (24/1), às 10h30 pelo horário de Brasília. O anúncio (que, ao contrário da cerimônia, é curto e não costuma levar mais que 15 minutos) será transmitido ao vivo no YouTube e nas redes sociais da Academia.

Em breve, voltamos com mais análises sobre a temporada. Até o momento, para quem vão as vossas apostas? 😀

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