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Wistron encerra produção de iPhones na Índia e vende fábrica

Reuters
Wistron

A empresa taiwanesa de fabricação de eletrônicos Wistron está vendendo a sua fábrica na cidade de Kolar (próxima a Bengaluru), na Índia, para o Tata Group. A instalação era responsável pela montagem de dispositivos da Apple desde 2017 e, mais recentemente, cuidava do processo final de produção dos iPhones 12, 13, 14 e SE de terceira geração.

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A desistência de operar em solo indiano teve como motivos a falta de adaptação da empresa ao país e, em especial, a inabilidade da fornecedora em conseguir manter qualquer taxa de lucro — apesar do bom momento para a fabricação de produtos da Apple na Índia.

Como lembrou o AppleInsider, as operações já estavam sendo diminuídas e foram agora encerradas, com a Wistron devendo focar em suas fábricas no Vietnã e no México.

A falta de adaptação que a companhia enfrentou refere-se a diversos aspectos do negócio. Inicialmente, a fábrica não conseguiu se integrar a contento à cadeia de suprimento da Apple, não contando com os sistemas necessários para ir ao encontro da demanda da empresa de maneira satisfatória.

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Durante a pandemia, por exemplo, a maior demanda era por componentes dos aparelhos, algo referente às fases iniciais do processo de fabricação. Estando em uma atividade menos lucrativa, outras dificuldades como menor acesso a crédito e a própria indisponibilidade em operar por mais tempo para atingir maiores margens de lucro também fizeram a Wistron encerrar as atividades na Índia.

A Wistron era responsável pela última etapa de fabricação, na qual é montado o produto final, não tendo conseguido negociar margens de lucro altas com a Maçã, considerando o seu tamanho menor do que concorrentes como Foxconn e Pegatron. A concorrência desproporcional também foi um dos motivos que atrapalharam a posição da montadora, além de não fazer sentido ter fábricas na Índia e no Vietnã ao mesmo tempo, já que ambos os países têm um acordo de livre comércio.

Outra questão em relação à adaptação diz respeito aos trabalhadores da empresa, que inclusive já fizeram um motim no passado. De acordo com o Economic Times, a fornecedora não soube lidar com a cultura laboral indiana, que é bastante diferente da encontrada em países como a China.

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A unidade de Kolar também fica a mais de 40 quilômetros da área urbana mais próxima, algo que dificulta ainda mais a procura por pessoas para trabalhar no local. Havia também uma alta rotatividade de empregados; desde o início da aquisição da fábrica pelo Tata Group, ao menos 20 pessoas em cargos de liderança já deixaram a empresa.

O novo dono da fábrica já está testando a fabricação dos “iPhones 15”, os quais deverão ser montados lá. A Wistron ainda manterá unidade de reparos na Índia, a qual opera desde 2008 e tem estatísticas de lucro mais favoráveis para a empresa do que a sua antiga fábrica.

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