Lá nos idos de 2020, o chefe de segurança global da Apple, Thomas Moyer, foi acusado de envolvimento em um esquema de suborno para obter licenças para uso de arma de fogo — as quais haviam sido anteriormente negadas a quatro funcionários da Apple.
A situação gerou uma sindicância interna na Apple, bem como uma ação judicial, de modo que, em ambas, Moyer foi inocentado das acusações por falta de provas que realmente comprovassem que ele teria prometido doar 200 iPads aos agentes do Gabinete do Xerife do Condado de Santa Clara, no estado americano da Califórnia.
O caso, porém, voltou à tona — mais de dois anos depois de ter sido arquivado — após uma contestação do promotor distrital de Santa Clara, Jeff Rosen, segundo informações da Bloomberg. De acordo com a reportagem, um painel estadual de apelações composto por três juízes definiu que a decisão de primeira instância, em 2021, não deveria ter rejeitado a acusação de suborno.
Esse recurso levanta uma questão ainda não abordada por nenhum tribunal da Califórnia: se um funcionário público pode ser subornado com a promessa de doar ao gabinete dele. Concluímos que tal promessa pode constituir um suborno.
Rosen também comentou o desdobramento mais recente do caso:
Moyer está de volta onde deveria estar: no calendário de julgamento e acusado de suborno.
Tanto o advogado de Moyer (Ed Swanson) quanto a Apple não comentaram a reabertura do caso. Nós, é claro, vamos continuar acompanhando os desdobramentos disso.