Charlotte Stoudt, roteirista, showrunner e produtora executiva da série de sucesso do Apple TV+ “The Morning Show”, participou de um evento promovido pelo Deadline, no qual falou sobre o seu processo criativo para a série. Ela também deu algumas pistas sobre o que esperar para a quarta temporada, que poderá abordar assuntos sobre inteligência artificial.
Ela ressaltou quão impactante foi o final da terceira temporada, com a “maior bomba que poderíamos explodir”. A próxima vai, então, retomar esse final, além de entrar no mundo dos deep fakes, da IA e da desinformação — inclusive no contexto de guerras, como a que está em andamento no Oriente Médio.
Estamos olhado para quem podemos confiar. E você pode confiar no que vê? Você pode confiar em si? Você pode confiar no seu veículo de notícias?
Stoudt destacou a satisfação em criar personagens que as pessoas amam e que assistiram a eles fazendo “coisas erradas, bagunçadas e muitas vezes horríveis”, expressando sua alegria com a renovação da série ao poder “pensar como torturá-los [os personagens] um pouco mais”.
Outro ponto destacado foi a oportunidade de, com a série, dialogar com o momento, em especial em um tempo em que “a verdade é tão contestada, difícil de conseguir e puxada de todas as direções”, acrescentou.
Então, acho que a tensão entre brilho, glamour e algo sexy da série, bem como a ansiedade sob ela é [o que faz] a série.
A produção, vale notar, já tratou de temas emergentes, como o movimento #MeToo, a reversão do julgamento do caso Roe v. Wade na Suprema Corte dos Estados Unidos, o bilionário Elon Musk e a invasão do Congresso americano no dia 6 de janeiro de 2021.
A respeito desse grande diálogo com temas do momento, a produtora executiva afirmou que “[como roteirista], você está preocupada em perder o ônibus do Zeitgeist”, ou seja, o espírito do momento. Ela lembrou também que, em 2021, preocupou-se quanto a tratar do 6 de janeiro e se as pessoas lembrariam do ocorrido, com medo de o assunto já ter sido superado com a estreia da nova temporada da série.
Ela, porém, afirmou ter entendido estar errada com essas preocupações após a estreia dos episódios que incluem o tema. Para Stoudt, o fato de discussões sobre questões como essa serem prolongadas nas redes sociais é o que torna série ainda mais atualizada.
Em tom jocoso, ela disse que, enquanto o próprio mundo for um show de horrores, haverá lugar para “The Morning Show” e “não há sinal de que aprendemos qualquer coisa”.
As três primeiras temporadas estão disponíveis no Apple TV+.
O Apple TV+ está disponível no app Apple TV em mais de 100 países e regiões, seja em iPhones, iPads, Apple TVs, Macs, smart TVs ou online — além também estar em aparelhos como Roku, Amazon Fire TV, Chromecast com Google TV, consoles PlayStation e Xbox. O serviço custa R$21,90 por mês, com um período de teste gratuito de sete dias. Por tempo limitado, quem comprar e ativar um novo iPhone, iPad, Apple TV, Mac ou iPod touch ganha três meses de Apple TV+. Ele também faz parte do pacote de assinaturas da empresa, o Apple One.
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