O melhor pedaço da Maçã.

Leaker aposta em retorno do MacBook de 12″ (com teclado borboleta!) para estrear os chips ARM da Apple

“Fudge” falou também sobre suas expectativas acerca do Boot Camp e do suporte a aplicativos

Que a Apple vai, em algum momento nos próximos anos, chutar a Intel e fazer a transição para chips ARM próprios nos Macs… bom, disso todo mundo já sabe. O que não se sabe, até o momento, é quando exatamente esse processo será iniciado — ou por onde: alguns apostam que será nas máquinas de entrada da linha, enquanto outros argumentam que seria mais inteligente introduzir os chips próprios nos computadores mais poderosos.

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Hoje, o leaker Fudge (conhecido como @choco_bit no Twitter) foi ao Reddit para acrescentar seus dois centavos à história — ou melhor, muito mais do que dois centavos: ele escreveu um verdadeiro tratado, combinando informações que obteve de fontes confiáveis e sua experiência própria, detalhando como ele acredita que a Apple fará essa transição.

De acordo com Fudge, o processo seria dividido em quatro etapas — e nós já estaríamos bem no meio dele. A primeira teria vindo com o chip de segurança T1, que estreou nos MacBooks Pro de 2016, enquanto a segunda seria seu sucessor, o T2.

Chip T2
📷 TechSpot

Os coprocessadores representariam as primeiras tentativas da Apple de colocar chips ARM próprios nos Macs, com resultados positivos: o T1, por exemplo, assumiu uma série de tarefas do Controlador de Gestão do Sistema (SMC), como velocidade das ventoinhas, dados térmicos, acesso à câmera e ao microfone, e comunicação com a memória NAND. O T2 abraçou ainda mais funções, como controle total do sistema de áudio e gerenciamento do processo de inicialização da máquina.

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Ou seja: a ideia é que, a cada geração, o chip própria da Maçã fique com mais e mais responsabilidades. E isso culminaria na terceira fase do processo, que seria a introdução do primeiro Mac com um processador ARM “completo”, sem sinais da Intel.

É aqui que as coisas ficam ainda mais interessantes: segundo Fudge, este lançamento (em algum momento entre 2021 e 22) tomará a forma do velho (e finado) MacBook de 12 polegadas. De acordo com o leaker, o modelo é perfeito para introduzir os chips ARM da Maçã, por ser incrivelmente fino, leve e focado em usuários casuais; há informações, de acordo com ele, de que a empresa estaria trabalhando em um processador baseado no “A14X”, com 8 ou 12 núcleos, para ser usado na futura máquina.

MacBook com tela Retina de 12 polegadas na cor ouro rosa visto de cima (teclado)

Fudge não sabe dizer se o futuro computador terá design diferente do modelo anterior, mas aposta no retorno do polêmico teclado borboleta: segundo ele, há rumores de que a Apple estaria trabalhando para aperfeiçoar o componente, que permitiria aos engenheiros da empresa manter o design ultrafino do MacBook. Há, também, a possibilidade de o computador vir com 5G integrado, embora isso ainda não seja certo.

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A quarta e última fase do processo, naturalmente, seria o fim da transição, com toda a linha de Macs já devidamente equipada com chips ARM da Apple. Fudge não estabelece um prazo para isso, mas aposta em um cenário em que outras fabricantes tomarão caminhos parecidos e os desenvolvedores já terão se adaptado completamente, com questões relacionadas a suporte, performance e bateria totalmente sanadas. Falando nisso…

Aplicativos e Boot Camp

…o leaker dedica alguns parágrafos da sua previsão para tratar de dois dos temas mais discutidos ao se falar de “Macs com chips ARM”: o suporte a aplicativos já existentes e ao Boot Camp (utilitário que permite a instalação do Windows em uma partição secundária do Mac).

Segundo Fudge, aplicativos distribuídos pela Mac App Store terão uma transição tranquila: como eles são enviados na forma de Bitcode, o sistema poderá baixar versões dos apps adaptadas para ARM automaticamente, assegurando que o usuário não sofra com nenhum tipo de obstáculo.

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No caso de apps distribuídos fora da loja, as coisas podem ser um pouco mais complicadas. No pior dos casos, os desenvolvedores precisarão criar duas versões dos seus apps (algo feito à exaustão na época da última transição, do PowerPC); outras opções incluem criar aplicativos que funcionem independentemente da arquitetura do chip ou apps transpilados (isto é, compilados e traduzidos em tempo real) por um servidor remoto enquanto rodam.

O Boot Camp é o aspecto mais complicado da transição, como reconhece Fudge: já há versões do Windows adaptadas para ARM (como a do Surface Pro X), mas o consenso é que elas sofrem de problemas sérios de performance e compatibilidade. Segundo o leaker, o mais provável é que o Boot Camp seja simplesmente abandonado no primeiro momento da transição, voltando apenas quando a Microsoft construir uma versão ARM do Windows, digamos, aceitável.

Os prospectos, portanto, são esses. Ah, e uma dica final: não deixem de escutar, ainda hoje, o próximo episódio do MacMagazine no Ar — onde foram discutidos justamente esses assuntos, entre outras várias coisinhas bacanas.

E vocês, o que acham?

via MacRumors

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